quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Com o pé em 2018 e os 40´s!

A entrada nos 40's marcou o início do ano, uma vez que o meu aniversário é em Janeiro. Não vou divagar muito sobre 2017.
       Vou apenas tentar resumir que estar nos 40 fez-me querer gritar ao mundo que vim para ficar, que o caminho que percorri foi e é todos os dias suado, que o dia a dia é, muitas vezes cansativo, mas muito compensador. 
Olho para trás e vejo os quilómetros que percorri e posso dizer, literalmente, que  foram e são suados. 
O que idealizei para 2017 foi quase tudo concretizado: um concerto, uma viagem, sítios novos, risos, vestidos, pessoas novas, descanso e jantares. Consegui ir a dois shows de stand up comedy que nunca tinha ido. Ir a uma peça teatro demasiado intelectual para mim, mas fui. E o gosto pela leitura voltou, embora às vezes o sono leve a melhor ao livro.
Mais um ano de corridas e mais trails. Muita superação, muito cansaço, mas não consegui chegar de longe aos recordes dos 10 km, baixar até aos 55 minutos, mas foi por falta de treino, o que custa-me a admitir, mas correr para atingir estes meus objetivos é sofrer muito e este ano não quis isso, quis correr acompanhada e foram momentos preciosos. 
Em 2017 apercebi-me que não vou para nova, que os meus pais não vão para novos e que às vezes há que fazer um esforço para amenizar guerras familiares, estar lá sempre que possível, ouvir sem me irritar. E todos nós sabemos o quanto é difícil ouvir, estar, sentar e conversar. Coisas tão simples e às vezes parecem impossíveis, ora porque estamos cansados, ora porque temos compromissos, ora porque não nos apetece. 
Em 2017 criei este blog, para escrever e partilhar histórias, para divertir-me e também para ser o meu escape, mais um portanto. 
Os 40 dão-me a segurança que nunca tive, dão-me a certeza de que posso fazer melhor e que quero muito mais. Ser mãe é o facto mais importante da minha vida, mas não é isso que me define. É a vontade de nunca parar, nunca desistir, suportar todas as frustrações com um "amanhã será melhor", esteja onde estiver, a fazer seja o que for, e no fim do dia só querer chegar a casa e encontrar B.
Que 2018 seja a continuação de 2017 nas minhas demandas: um concerto, uma viagem, jantares, corridas, trails, muita música, descobrir e fazer coisas novas, e que a reeducação alimentar continue, que eu progrida neste campo e que continue a crescer como pessoa. Afastar -me de pessoas que não me dizem nada ou que têm ideias pré-concebidas de mim, sem me conhecerem. Tentar refrear o impeto de querer que as pessoas mudem, porque as pessoas não mudam, tentar pôr para trás das costas os mal entendidos causados por pessoas parvas. Tentar não levar as coisas tão a peito, aligeirar ainda mais as situações desagradáveis, controlar a minha ira.
O principal: nunca perder o foco de quem eu sou, quem fui e quem quero ser.


Feliz Ano 2018!


quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Be U e o Natal!

Podia fazer um daqueles posts fofinhos a descrever o quanto gosto de Natal, mas...não me apetece, e por isso mesmo, vai ser o post mais pequeno de sempre, pelo menos até agora.
O Natal causa em mim sentimentos contraditórios: tanto me cansa como adoro.
Amo aquele momento em que a minha filha abre prendas, desde que tem seis meses que o papel de embrulho era mais importante para ela do que tudo o resto.
O Natal e as compras, a parvoíce das pessoas nas lojas, as lojas a abarrotar, tudo uma confusão, filas e mais filas...só apetece gritar!
Quando pergunto á minha filha vezes sem conta: "o que queres receber?" já desesperada e muito insistente até que por fim, ontem disse-me: "nada, só quero estar com a família!", o meu coração enternece-se e tudo passa. Sei que o que queria mesmo era: um cão, um gato ou o meu telemóvel, como sabe que não vai ter nada disto, responde o que lhe vai no coração e sei que é mesmo isso que está a sentir.
Não vou falar do momento em que não a tenho, aquele momento que vai passar com o pai, porque esse momento é e será sempre muito doloroso, porque Ela é o meu Natal!
Quando organizo almoços e ou jantares de Natal, com a "malta" sei que é isso que importa: o estar junto de pessoas.
Fazemos todos um esforço para ultrapassar todas as questões no Natal e tentamos estar junto de quem nos ama e de quem nos quer bem.

E claro que a minha banda preferida, Coldplay, tem uma música de natal lindíssima que partilho convosco. 







terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O meu Movember...

Alguns homens do nosso escritório resolveram aderir ao movimento Movember, deixando o crescer o bigode e mantê-lo durante o mês  de Novembro.

Para que fique claro passo a explicar o Movember:
“Novembro Azul é uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades no mês de novembro dirigida à sociedade e, em especial, aos homens, para conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata.”
É claro que para que alguns colegas no 1 de Novembro tivessem o dito bigode, tiveram que o deixar crescer durante o mês de Outubro.
Sou da opinião que bigode fica excepcionalmente bem numa pequena, mas pequenissima fração de homens, dos quais os meus fofinhos colegas não estão incluídos. Sempre que abriam a porta a dizer bom dia, era um misto de gargalhas, duches de água fria, medo, arrepios, sensações variadas conforme os colegas.
Claro que eu, Queen, não podia deixar passar este evento sem um dedo meu, (quanto mais escrevo sobre a Queen mais percebo de que tem sérios problemas), então resolvi também aderir a esse movimento, mas à minha maneira, claro. Então “seduzi” e partilhei a ideia com alguns colegas, mas só parte foi na minha conversa.
O meu Movember seria um mês sem café. Sim, um mês sem café! Duas colegas abdicaram da sua coca-cola, uma sem bolachas, outra sem pastilhas elásticas e um corajoso sem bebidas alcoólicas.
Foi horrível, qual agarrado qual quê, eu sentia o gosto do café só com o cheiro. O café da manhã e o café depois do almoço quase que chorei quando não estava a dormir de olhos abertos. Estoicamente aguentei todas as provações, todos os delírios, todos os vícios em mim encrustados. O homem lá de casa só dizia “bebe, ninguém está a ver”. Eu estava a ver, era uma questão de princípio. Não podia vacilar ou a contrapartida seria eu andar à pinguim em “hora de ponta” pelo edifício todo. Foram 30 dias de grande esforço em que nos almoços enquanto os outros bebiam café, eu só sentia o cheiro. Às nove da noite sentada no sofá era um esforço enorme para abrir os olhos em que a pressa era “meter” a miúda na cama para logo a seguir roncar, e tão bem que me sabia.
Se eu estive assim imaginem as minhas colegas que bebem coca-cola como se fosse água. Uma que mal chega a casa vai ao frigorífico sacar de uma “coca” e a outra que não passa sem o seu McDonald’s. Mas conseguimos, porque o ser humano quando se predispõe a fazer alguma coisa com vontade e em conjunto fa-lo e fa-lo bem. Claro que no dia 1 de Dezembro foi Nespresso de manhã, bica ao almoço e bica ao lanche, sabem o que aconteceu, acordei a meio da noite com tal despertina que estava pronta para um ‘after hours’ qualquer. Tão tótó, eu sei!

Viva o café! Hip Hip Huraa!

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Fui ao Viking e conheci a Monica!

O Natal está a chegar e com ele vem os convívios extra laborais. Como não podia deixar de ser, resolvemos combinar um jantar de Natal só do sector feminino do nosso departamento, mas o que começou com um suposto jantar de 4 gajas, passou para um jantar de várias pessoas que fomos convidando de um dia para o outro.
Para vos situar, no dia anterior ao jantar, a malta do escritório reuniu-se num cocktail em que não sei por que carga d’água começamos a falar do famoso restaurante, “The Lingerie Restaurant”, conhecido por ser um restaurante de strip misto. Conversa puxa conversa e revelo que tinha achado mais piada ao striptease feminino, muito mais sensual e menos teatral que o dos homens, estes muito fraquinhos. Eis que sai um: “então, conheces a Mónica do Viking?”. Não, o Viking em frente ao Jamaica!? Eh pah, já lá passei vezes sem conta, entrei e saí de bares, mas nunca me deu para entrar no Viking. 
Pronto, estava combinada a noite seguinte. Iríamos jantar ali perto e depois iríamos ao show da Mónica por volta da 1 da manha. Levamos um gaiato connosco e convidámos mais outros dois outsiders do escritório.
Jantámos na Bica, no restaurante “Os Bons Malandros”, um restaurante de petiscos muito bom mesmo, mas pessoas do meu coração, quando saímos com uma determinada colega, temos que comer uma feijoada porque a tour que esta nos faz no Bairro Alto, arruma qualquer um.
Passo a passo:
Bica: Restaurante “Os Bons Malandros”
Bairro Alto: 4 bares, que em cada estabelecimento houve uma rodada de shots entre outras bebidas.
Cais Sodré: o Bar, o Viking, chegamos um pouquinho antes da 1 da manhã e sai mais uma rodada de shots e bebidas, e aqui meus amigos,  já estávamos todos ligeiramente alterados, mas ansiosos para conhecer a Mónica.
Antes que se ponham com ideias, o Viking é um bar no Cais Sodré que por acaso enche para ver o show da Mónica, volto a repetir, tantos anos por ali e isto passou-me ao lado.
Claro que a amiga da colega conhecia alguém do bar e por isso o novato foi o escolhido para ser a “vítima” da Mónica. Entre malabarismos para ficar à frente e para que a Mónica, que quando começasse o show soubesse quem era o Gaiato a “praxar” foi um filme cómico, uma vez que uns minutos antes o puto decide ir à casa de banho. E eu pensei ou o puto está aqui ou a vítima vai ter que ser a pessoa que actualmente dorme comigo… Ele não se importaria, claro, já eu, fiquei na dúvida.
Ao ver o puto a encaminhar-se para nós foi um misto de alívio e alegria. Mal sabiamos nós do que ia acontecer, num grupo de 7 pessoas só duas sabiam. Uma da manhã e lá vem a Mónica, dá uma olhada pela sala, passa um paninho pelo varão, faz uma festinhas no segurança que olha para todos para se certificar de que ninguém está a filmar. Música e acção: Mónica começa o show num espaço mínimo, magrinha, alta, meia loira, pendura-se no varão e capta atenção da plateia. Eis que sai do seu posto e vem buscar o novato. Oh God, nem tenho palavras para descrever: atira-lhe para a parede, tira-lhe a camisa…  É ver para crer! Aconselho a levaram pessoas que sabem que não vão ficar enervadinhas ou que não têm certos pudores. Estava eu perdida de riso de ir às lágrimas, entre fechar os olhos porque aquela pessoa trabalha comigo e que literalmente estava a ser  castigada pela Mónica, quando esta resolve chicotea-lo, que dor. No fundo sabemos que “ela” sabe “bater”, mas só consegues ver que está com um cinto na mão e que ouves barulho e imaginas que dói. Coitado pah. Deixo o resto à vossa imaginação, porque não posso de todo revelar tudo o que Mónica é capaz de fazer num pequeno espaço, num bar chamado Viking. Quem nunca foi, que vá e que se divirta muito.
Acabado o show a música é de uma discoteca normal, que entretanto encheu e que tem de tudo lá dentro. Esquece-mo-nos que quinta-feira é noite do estudante e que por isso também estava cheio. Aconselho vivamente um visita a este estabelecimento entre a uma e as três da manhã para o tal show da Mónica.
Claro que ainda demos uma perninha no Jamaica que para variar estava lotado, mas sempre com boa música. Quanto ao novato, enquanto que eu me retirei às 4 e pouco da manhã já a sonhar no vale dos lençóis, o novato ficou no Jamaica até fechar.
Segunda já estávamos a imaginar uma outra noite e a planear quem seria a próxima vítima da Mónica.
Aos 20 anos nunca imaginaria que aos 40 estaria a ver uma Mónica e a diverti-me imenso.



terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Não existem familias perfeitas.

Quando era pequena, adorava quando o meu tio, irmão da minha mãe, vinha passar férias a Portugal. Adorava, porque gostava muito de estar com a minha prima, que apesar da barreira linguística, ela Holandesa e eu Portuguesa, nos sentíamos muito bem. Facto que ainda acontece, não precisamos de estar juntas para ainda ter aquela cumplicidade, ela sabe que eu nunca a julgarei e eu sei o mesmo. Não tenho essa relação com a minha irmã mais velha, que só quase na adolescência a conheci, porque a minha mãe quando emigrou “deixou-a na terra”.
Adorava também, porque vinham em família, os quatro, ou de carro ou de avião, e o meu tio dava sempre aquele ar de “paizão” e a minha tia de “esposa sempre impecável, mãe de um casalinho adorável”. Adorava estar com eles, uma vez que aquilo era o meu critério de familia perfeita, porque o meu pai nunca me foi próximo e eu estava sempre sozinha com a minha mãe, dia e noite. Ainda recordo esses verões com melancolia e agradecimento pelo meu tio nos ter sempre incluído na sua vida. E se pensarem um bocadinho também chegarão à conclusão que também vocês tinham ou têm uma referência. É o nosso lado mais romântico.
Depois crescemos e percebemos que todos os casais têm problemas, e que às vezes o que parece não é! A minha tia vivia sempre com o fantasma do passado do meu tio, que como todo o emigrante Cabo Verdeano tinha tido muitas namoradas, que antes de se casarem ele teve dois filhos com a mesma idade, mas de mulheres diferentes. Levas com esses factos uma vida inteira, os filhos das outras. Imaginem o incómodo da vossa mãe quando lá tem os “outros em casa”. O mesmo se passava comigo quando ia visitar o meu pai, também eu era a filha da outra, numa família, aparentemente perfeita, com dois meninos mais novos que eu. É preciso ter-se estômago para conseguir lidar com tudo e é preciso ser-se uma pessoa “clean”, que aceita sem julgar, sem ciúmes, sem maltratar os filhos das outras.
Toda a minha geração, primos, primos em segundo grau, primos em terceiro grau, toda uma aldeia, uma vila, uma ilha, outra ilha ou ilhas, tem vários irmãos de vários pais ou mães. Crescemos com essa realidade, sendo poucos os de famílias normais. É uma coisa natural no povo  africano. Tentar que o comum mortal tuga perceba isso era como tentar perceber quem nasceu primeiro, se o ovo ou se a galinha. Não há explicação. Com o passar dos anos os cotas vão tomando juízo, vão acentando e os filhos vão aceitando a família por inteiro, juntamo-nos em festas com a mesma enfâse que nos juntamos num funeral tudo muito sentido, tudo muito à flor da pele.
Cresci e cresço todos os dias, e penso sim, sou de uma família altamente disfuncional, mas sei que os cotas, a geração da minha mãe, fez tudo para se sentir bem com a pessoa que estava ao lado e quando não estava bem, procurou outras pessoas até encontrarem os seus parceiros. Portanto, tiveram a coragem para procurar a felicidade, independente da opinião de outros, sempre é melhor que casais que estão casados uma vida inteira e não foram felizes.
Sei que quando olho para um casal supostamente feliz não sei se são felizes sempre ou se só estão naquele momento, que o resto dos momentos são passados a discutir ou pior, em silêncio.
Aprendi que tenho duas famílias, a de sangue e a do coração. Que não preciso de ter um companheiro para ter uma família, porque família é a que te faz feliz e não a que socialmente te foi imposta, um pai,uma mãe e um irmão. Tenho irmãs que não são de sangue, tenho um pai verdadeiro que não é de sangue e que por sua vez a minha filha tem um avô que não é de sangue mas que é e será sempre o seu “vô”.
Sejamos felizes com quem nos quer bem e nos mantenhamos longe de quem não nos aceita, porque se não te aceitam tal como és, não gostam de ti, se te apagas para agradares aos outros, também não te aceitas.
Quanto ao meu tiozão com altos e baixo no seu casamento, continua feliz e contente com a minha tia, na minha cabeça ainda os tenho como referência, mas tenho muito mais respeito e admiração pela minha tia.
Não existem familias perfeitas. Quando começas a crescer como pessoa, percebes naturalmente que a felicidade não é um ideia pré concebida mas sim um conjunto de momentos felizes que tu construíste e que passa sobretudo pela tua paz interior .

Sejam felizes, a família virá seja ela qual for onde for com quem for.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

O Natal está a chegar!

O Natal está a chegar, a nossa vida nunca mais será a mesma desde a série Game of Thrones, é como dizer “winter is coming” e esperar que a pessoa a quem disseste isto, sorria com um ar cúmplice.
Andei por algumas lojas, mas não preciso de maratonas para saber o que quero no sapatinho. Com o passar dos anos, o número de prendas tende a diminuir. E inevitavelmente as meias e as cuecas aparecem como um estandarte de “estás a ficar VELHAAAAAAA”. Por essa mesma razão fiz uma pequena lista com alguns items que gostaria de receber depois de ter enfardado o bacalhau com todos, costume natalício não muito calórico lá em casa. Depois de ter feito Bungee Jumping para  todos os doces, em mode “não quero saber” e estragando os 12 meses de bom comportamento na alimentação, quero/gostaria que às 23:30, abrir os seguintes items:


1-      O meu perfume preferido de anos,  uma pessoa quer-se é bem cheirosa e o que recebi no meu aniversário (17 janeiro, por favor não se esqueçam) está quase a acabar, fui bastante poupadinha.



2-      Ando a namorar o TOM TOM há quase um ano, que bem que ficaria no meu pulso! Um estimúlo para os meus treinos e corridas, “olhem para mim bitches!”, a caracol mais estilosa de sempre nas corridas.



3-      Uma caixa adorável que vi na loja Bairroarte do Alegro em Alfragide!  Adoro e posso começar a poupar para uma ‘Big Tattoo’.



4-      Umas sapatilhas de “runner”, porque os meus pés já estão a pedir umas novas. Os meus Asics já têm duas meias maratonas e muitos treinos em cima. Vi nos sites abaixo preços bem mais simpáticos do que nas lojas (para quem quiser oferecer-me, para corridas calço o 38).


Asics GT-2000 5

New Balance Fresh Foam Zante v3


5-      Um bilhete para o Optimus Alive, porque nunca fui a um “festival a sério”, dizem os amantes dos festivais que o Rock In Rio não conta, não percebo esta teoria, mas bring it on.




6-     Uns lifestyle Adidas lindossssss.
No escritório, à sexta-feira é o ‘Casual Day’ e claro que preciso de uns giraços para andar de vestido informal, cheia de estilo.

ORIGINALS GAZELLE SHOES


7-      Uns sapatos bem altos que vi na Geox. A foto não faz jus. E os pés não aguentam qualquer coisa, não nasci com pé de princesa, mas sim “meio” chatos e com joanetes.

Geox | D ANNYA

Olhando para a lista podem pensar que sou “fina”, mas só estão aqui bens necessários para o meu bem estar.

Ficarei igualmente feliz, se em vez de um destes items, receba um vestidinho bonitinho da Zara e uns brincos.

39,95 EUR



















quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Black Friday

Tanta coisa para dizer sobre o black Friday tuga, que nem sei por onde  começar sem insultar a comunidade tuga no seu geral.
Comecemos então por uma breve explicação sobre o que é realmente o black Friday
O  Black Friday (Sexta-feira Negra, em inglês). Há vestígios de que a denominação surgiu no início dos anos 90 na Filadélfia quando a polícia local, chamava de Black Friday o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças. Havia sempre muitas pessoas e congestionamentos enormes, já que a data abria o período de compras para o natalsignificativas promoções em muitas lojas retalhistas e grandes armazéns.
Entretanto o que se passa por  terras Tugas:
O meu email começou a ser bombardeado uma semana antes,  a anunciar o dia fatidico com grandes promoções! Uau! Começo a verificar a tais promoções e como sou uma “corredorzinha” amadora lá vou em busca de sapatilhas. Há giras e tal, sim, menos 20 a 30 %, uau, quando clico para comprar, qual o meu espanto qual quê, que ou não tem o meu tamanho, ou se tem o meu tamanho é de côr verde alface, eu ainda não estou preparada para correr com sapatilhas cor de alface, mesmo que estejam a um grande preço.
Isto aconteceu-me com as sapatilhas, com os vestidos, com uns calções de compressão para correr e em tudo o que eu clicava,  isto , on line. Logo aqui o meu lado mais negro começa a desabrochar. Nem um livro para a minha filha se acho, aquele livro que ela quer. Pergunto á hipster de serviço, minha asa direita, como vai a busca dos tenis hipster que tanto cobiça, fico descansada porque se para a Hispter está a ser uma tarefa complicada é porque é mesmo mau.
Alguns centros comerciais começam a anunciar abertura de lojas ás nove da manhã. Pessoal é assim: Eu trabalho ok? Para estar ali, ás nove da manhã, ou tiro um dia de férias ou finjo uma dôr de barriga para não ir trabalhar, como não sou consumista a este ponto as duas opções estão fora de questão. Aqui começo a pensar: mas e se eu fôr á noite o que vou encontrar? Restos? Pessoas idiotas que atiram tudo para o chão e que quase nos arrancam as coisas da mão? Ou pessoas que nos empurram e pisam só para chegar áquele artigo ? Eh pá Não!
Bom invarialmente acabei por ir no fim semana ao centro comercial. E o Black Friday continuou,  sexta, sábado e domingo. O Black Friday chama-se  Black Friday, Friday de sexta –feira! Caramba! Tudo histérico tudo com saquinhos na mão, eu acho que vão comprar umas cuequinhas e pronto sacos e sacos de cuecas de várias lojas mas o que interessa é ter sacos na mão.
Entrei na Foreva porque Mini B precisa de umas botas e constato que realmente ali estão a fazer descontos, mas a refilona da minha filha não gosta de  nenhums e também ao olhar para um botins a 10€ fiquei a modos que desconfiada.
Entro na Zara, loja eleição da minha filha á procura de uns calções, nada não havia nada. Botas giras mas como eram pretas não as quis trazer. Ai dai-me paciência! Entramos na seaside e sabem aquele personagem da idade do gelo que anda sempre á procura da bolota? É a minha filha quando vai ás compras, tem 9 anos! “Gosto tanto daquelas botas bordeux” diz-me ela,- os meus olhos batiam palminhas, -“tem o 35?” O rapaz responde:  “35 já não é neste sector!” Oi? Não pode ser! O rapaz: “Tem que ir ali ás senhoras!” Caramba foi vê-la voar para os botins de camurça toda contente. Claro que quando experimentámos o 35 estavam muito grandes então lá tive a brilhante ideia de voltar ao sector criança e pedir o 34. Voilá serviram! Começou logo a pensar nas calças pretas e camisola bordeux para o conjunto de segunda. A minha pequena fashion adviser!  Saí dali a correr para não mais voltar naquele dia.
Voltei ao Dolce no Domingo, eu não estava bem confesso! Mas o senhor lá de casa precisava de uma calças e lá fomos á Zara. Sem a criança, tive tempo para olhar com olhos de ver, e promoções na Zara, se havia alguma coisa  e não vi nada a meu gosto.
O que me saltou á vista que não entrei com medo de me “perder” foi na Kiko comprava-se 3 levavas outros 3.
De resto não percebo, não percebo as pessoas que vão para as compras e não saberem qual o preço real dos items antes das ditas promoções. Camisolas que antes eram 30 euros e que no Black Friday ou weekend, estão a 40 euros para a promoção chegar aos tais 30! Porquê?
Porque é moda “ir ao black Friday”? è mesmo? ou é uma parolice? Ok se me disserem vi uma playstation a metade do preço, ceu compreendo! De resto não percebo este consumismo parvo em que as pessoas parecem loucas a entrar e sair de lojas parece um especie de pré Natal já antever a estupidez que do mesmo histerismo numa grande dimensão que são as compras de Natal!

Haja paciência!


terça-feira, 28 de novembro de 2017

Be U dietas e mesoterapia!

Na sexta feira passada, enquanto estava tudo louco com o Black Friday (qual idiotice qual quê), passei por uma clínica que na porta inúmera os seus serviços.
Entrei para conhecer o estabelecimento, e por coincidência a clínica pertence a  uma mãe de uma colega da Mini B. No meio do histerismo das crianças e da própria senhora, a clínica  foi-me apresentada, sala a sala, até que chegamos à sala da mesoterapia.
E eu toda contentinha perguntei “ah fazem meso com agulhas?”, a senhora muito assertiva diz: “fazemos mesoterapia, mas com pistolas, as esteticistas é que fazem com agulhas, nós médicos, agora fazemos com pistola, que é muito mais eficaz”.
Este episódio fez-me recuar uns 12 anos atrás. No princípio do meu casamento, tinha voltado de lua de mel com uns bons quilos a mais e precisava de os abater. A minha amiga e sempre companheira destas andanças, recomendou-me o Dr. Pierre de uma  clínica XPTO, ali para os lados do Saldanha, apenas com a indicação que era um nutricionista muito bom.
Chegada lá, o Dr. Pierre era muito simpático, com um ar bastante saudável e com aquele sotaque fancês. Como acontece nas consultas de nutricionismo, pesou-me, falou comigo, perguntou o que gosto de comer e passou um plano alimentar de acordo com a referida consulta. E pronto, ficaria por aqui não fosse o senhor pedir para me despir para passar à sessão de mesoterapia. Fiquei só com o soutien e cueca. Que fique bem assente, eu não tenho cá pudismos, o meu constrangimento foi só e apenas devido ao facto que tinha uma tanguinha quase fio dental que ainda por cima estava do avesso, sim pessoal, do avesso. Imaginem o meu ar a pensar, “oi?”. Só me lembrava da minha mãe a dizer “por baixo tens que estar sempre impec, porque nunca se sabe”... Pois, agora sabia e não cabia em mim de tamanha vergonha. Deito-me na marquesa e o Dr . Pierre começa a explicar o que vai fazer com a agulha e se sou tolerante à dor, eu “comece por favor”.
Para quem não sabe, passo a explicar muito resumidamente o que é a mesoterapia:

“Trata-se de uma técnica minimamente invasiva que consiste na aplicação de microinjeções ao nível intradérmico. As substâncias injetadas diferem de acordo com o objetivo e, no campo da estética, geralmente são de origem natural. Esta técnica tem efeitos eficazes – exigindo cerca de dez sessões – na redução do volume do corpo e da celulite, pois as microinjeções intradérmicas estimulam a microcirculação e a drenagem linfática.

Bom, posto esta pequena explicação,  o doutor começa as injeções, ali à flor da pele, qual sessão de tortura qual quê, eram pequenas picadas na barriga, no estomâgo, nos braços, nas coxas e no rabo. E com aquela dor, porque dói e dói muito, só pensava na porcaria das cuecas do avesso. Começei a transpirar, frio, calor, ria para mim mesma, que bela figura. E o Doutor que obviamente já deve ter visto coisas bem piores, muito calmo a aplicar as suas injecções. Não sei precisar quantos minutos foram daquilo, penso que dez minutos, mas quando acabou, eu estava a transpirar de tal maneira que o papel da marquesa ficou todo molhado, mais uma vez, que vergonha. Entretanto ele lá dizia “foi muito corajosa, muitas pesssoas gritam de dor”, eu só pensei, eu gritei de vergonha mesmo! Vesti-me rapidamente, reparando que tinha a pele impolada, mas isso era o mínimo.
Saí de lá com grandes recomendações, para beber muita água, seguir a dieta à risca e voltar daí a 15 dias para uma nova sessão.
Claro que a primeira coisa que fiz foi ligar para a minha amiga e contar-lhe o meu episódio, que até hoje nos rimos cada vez que o recordamos.
Se voltei lá? Sim! Voltei, porque com a dieta, o exercício e a água começei a notar os efeitos no corpo. Cada sessão de agulhas era como uma redifinição corporal, tudo a tomar a sua forma. Deixei de ir, uma vez que as sessões eram quinzenais e custavam-me balurdios, mas se voltava a fazer? Sim, voltava, ainda por cima agora que é com “pistolas”, nada pode ser pior que a agulha.
Não é recomendável a quem é sensível à dor, mas quando estamos determinados, tudo é relativo.
Este foi um dos episódios das minhas andanças loucas na luta contra o peso.


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A minha mãe e o Tito Paris

No fim de semana passado, levei a minha mãe a ver o seu querido amigo Tito Paris. O concerto foi no Coliseu dos Recreios. Eu já lá tinha estado, noutros concertos, na plateia, de pé, mas desta vez , fiquei no balcão, mesmo em frente ao palco (quem quiser a referência para outros eventos, a porta 5 é a melhor). A minha mãe ia na esperança de também encontrar as suas amigas para cochichar e rir-se, porque independentemente dos seus 64 anos, quando está com a sua geração, parece uma adolescente, riem-se e boquinhas umas para as outras meio discretas, meio à descarada. Qual foi o seu espanto quando chegámos ao Coliseu ao constatar que a minoria eram os pretos, o coliseu esgotado, na sua grande maioria de brancos. O ar de pasmo dela fez-me rir, porque estava genuinamente surpreendida. Não tinha ainda percebido que o seu amigo é de todos e não só dos cabo verdianos.
Eu cresci a ouvir Tito, cresci a ouvir os suspiros da minha mãe quando lhe dava saudades da Terra ao ouvir Tito Paris, o seu famoso CD MAR AZUL, e como são amigos, cruzei-me com este grande Senhor da música algumas vezes, sempre muito simples, simpático, humilde e com um sorriso na cara. Quando somos pequenos não damos valor à música dos nossos pais. É como emigrar e de repente temos saudades no nosso Fado quando na realidade nem ouvias Amália.
Tito Paris é uma pessoa afável, fazendo questão de salientar que,  além de orgulhosamente ser de Cabo Verde, também é um Lisboeta de coração, vai interagindo com a sala, sempre levando o público a “estar” com ele, mencionando e contando “estórias” dos seus amigos músicos de toda a Lusofonia. Apresenta mais uma vez, o seu filho de 12 anos, magnífico violinista, que ainda deu uma perninha na bateria, qual génio musical qual quê.
Falava com o público como se estivesse na sua casa, na sala a cantar como se faz em Cabo Verde, sempre que chega alguém é uma festa, só faltou mesmo a cachupa. Além  da sua banda, tem a orquestra para dar aquele toque de saxofone e violino na música de Morabeza.
Emocionou a plateia, aquando da homenagem a Bana:  um vídeo com uma gravação do Bana já doente no Hospital a cantar com Tito, quase me vieram as lágrimas aos olhos e não é de todo a minha onda, mas estando a viúva na plateia, aquilo foi um momento único.

Com o passar dos anos vou apreciando cada vez mais os momentos com a minha mãe. Olho para ela e volto a ter nove anos, quando era muito apaixonada por aqueles cabelos vermelhos e pela cara cheia de sardas. Volto a reencontrar esse amor nos cabelos brancos que só agora aparecem, na sua jovialidade e força de vontade quando faz 10 km, é um exemplo. E é a minha Mãe!



terça-feira, 21 de novembro de 2017

Life at the office II

Voltemos então ao  quotidiano laboral para descrever mais alguns comportamentos  de pessoas “normais”, que de “normais” só mesmo o seu comportamento diário.
Poderia começar pela “Queen” que obviamente perde alguns momentos a estudar pessoas, não perdendo muito tempo pensando sobre qual a opinião dos “outros”  sobre si, mas não será neste post!

Assim sendo aqui vão mais algumas “personas”.

O cota que não é cota: este senhor por estar na casa dos quarenta, acha que é velho e que todos temos que ter aquele ar sério, porque estamos no escritório. Se for  09:01 da manhã, já estamos atrasados, se por casualidade nos atrasamos 10 minutos já nem vale a pena aparecer para trabalhar.
Já era assim quando tinha 30, e quando tiver 60 vai continuar assim. É temido pela sua rispidez  e tende a ser um tanto ou quanto controlador não tolerando galhofas. Pena, porque é bastante agradável à vista.

A cheerleader: esta moça sabe que é bonitinha e que faz algum sucesso no reino masculino.
Tenta dar aquele ar de “apesar da minha aparência, eu sou inteligente e profissional”, que até é. Quer aparentar que  mentalmente é bastante adulta, e quando se ri, não lhe sai uma gargalhada genuína, mas sim um misto de “hahahah” com “uhuuhuh” não muito estridente, porque “há que manter a postura”. Tem uma “caixinha” para quem diz asneiras, WTF eu digo asneiras quando eu quiser! E não ! Não ponho moedas. Tem alguns seguidores, porque no fundo é “simpaticíssima”. Quando a cheerleader solta a franga em ambientes fora do escritório, é vê-la perder um pouco a postura, só um pouquinho.

O conde: ninguém percebe porque é que este senhor se levanta para vir trabalhar, parece aqueles aristocratas  que trabalham somente, porque um gajo tem que fazer alguma coisa na vida. Tem um ar pacholas, mas quando apanha pielas só queres é fugir de tão chato que fica. Chega cedo, é trabalhador e nas suas escapatórias ao cafézinho, está sempre agarrado aos vídeos do facebook ou youtube a rir-se.

O solteirão esquizofrénico que se acha bonzão: qual Richard Gere qual quê, não fosse baixinho, gordinho e desenxabido era de certeza um engatatão. Na cabeça desta personagem ele acha que é muito sedutor, fazendo sempre trocadilhos com olhares lascivos, lança o seu “charme”, sempre com um sorriso maroto no canto da boca, mas depois revela-se no café, quando diz: “desculpa, este é o único momento que tenho para mim”.

O senhor “ses”: esse sim mexe com a “Be U system” e não é de “ah e tal, borboletas na barriga”, é mais de dores de barriga. Nunca sabe de nada, não viu, nunca se lembra de um determinado assunto, “se isto,  se aquilo, preciso disto”. Diz que já trabalhou em variadíssimos locais, mas quando lhe perguntamos: “Onde?” Ele dá voltas e voltas, contornando sempre a questão. É capaz também de fazer 20 a 30 km para ir “àquela promoção do supermercado”, não há pachorra.

A insegura: Esta pessoa muito fofinha, está sempre com um sorriso na cara. Fala-se com ela e ri-se, perguntas “tudo bem?” e ri-se, perguntas “o que vais comer? e ri-se. Ao almoço, ri-se. Come sempre a fruta antes da refeição, ri-se, enfim... Não sabes, se lhe dás um estalo ou a sentas no colo e contas-lhe uma historinha de tão fofinha que é. Segue a cheerleader para todo o lado, fazendo uma parelha de arregalar os olhos, qual bibelôs qual quê. Não há como não gostar desta pessoa fofinha. Quando abana a cabeça parece um anúncio para cabelos da Loreal.

O Hooligan: adepto ferrenho de Benfica e vai a quase a todos os jogos, ficando estrategicamente perto da claque, cantando e gesticulando, dizendo impropérios a todos os jogadores em campo, do Benfica inclusivé. Veste sempre o seu casaco de penas para salientar o seu “caparro” e seja qual fôr a hora do jogo está sempre de óculos escuros. Não seria estranho, não fosse o senhor estar na casa do 50. Adicionando a esta pequena descrição juntamos vários factores dos quais não é muito bem visto, os quais passo a mencionar:
        Sempre que lê um email, fá-lo em voz alta;
        Envia um email e telefona logo a seguir a perguntar: “já viste o e-mail?”
        Quando telefonamos a perguntar qualquer coisa, ele responde muito senhor de si “Não viste o e-mail, enviado dia tal à hora tal?”;
        Atende o telemóvel e passeia pela sala com seu tom de voz bastante elevado, acho que pensa que está numa sala de máquinas e que tem que falar muito alto;
        Enquanto fala ao telefone, utiliza o dedo mindinho para tirar a cera dos ouvidos, aproveitando para olhar e cheirar a mesma;
        Sempre que vê uma mulher passar, utiliza os seus “super-poderes” e despe-a com os olhos;
        Tem tendência para uma colega em especial e sempre que se lhe dirige, coça os colhões ou aproveita para “os ajeitar”;
        Está sempre contra o Governo, seja ele qual for;
        Tem a célebre frase de “eu não tenho nada contra Homosexuais, mas era exterminá-los a todos”

Contudo tem algumas ferramentas sociais a seu favor:
        Conhecedor nato de toda a música entre os anos 70 e 90s;
        É um animador de festas, pois é um deslumbrante dançarino, com a desvantagem que transpira até a camisa ensopar;

To be continued ...






quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Ashley Graham!

De vez em quando vou dedicar/escrever posts sobre pessoas que admiro.
Hoje vou falar desta “grande” modelo dos nossos dias.
Para quem não sabe, Ashley Graham , 29 anos, norte-americana, já fez história ao tornar-se a primeira modelo “fora dos padrões”, ao posar de biquíni para a capa da edição de verão da revista “Sports Illustrated”. Depois disso, viu seu nome estampado nas principais publicações de moda do mundo. Com 5.6 milhões de seguidores no Instagram, ela é definitivamente a Mulher do Momento!

Quando se fala em modelo plus size, está-se a falar de modelos que não vestem o 34, estamos a falar de modelos com muita “chicha” e Ashley veste um orgulhoso 46.
Sigo esta modelo no instagram e sempre que vejo uma foto dela, causa sempre aquele impacto em mim: não sei se aplaudo, se lhe apalpo ou se digo impropérios de fazer corar a um senhor.
Adoro a sua confiança, a sua não vergonha ao mostrar a celulite e as suas formas redondas. 
Tem uma cara linda, um olhar penetrante e acho-a magnífica pela coragem ao gritar ao mundo: “sim, tenho curvas, sou linda, sim, sou modelo!”.

Lançou também a sua própria marca de fatos de banho com números e formatos para todos os tipos de corpos. 
É muito clara no seu discurso, muito “strong” e vocês já perceberam como eu gosto de pessoas fortes. Adoro!

Utiliza o seu actual estatuto para passar e/ou quebrar padrões de beleza e ajudando a transformar a auto-estima feminina. Ashley tem como missão principal disseminar que as miúdas, adolescentes e mulheres amem seus corpos como eles são:

"Não há muitas mulheres que falem sobre as suas imperfeições, como eu, e fico feliz por poder ser a voz que lhes diz que é normal ter celulite. Pensem e falem positivamente sobre os seus corpos e nunca se compararem a alguém". 
"Não há um tamanho certo ou errado. Todos temos constituições físicas diferentes e isso é uma coisa boa".
Para mim é uma Super Mulher and long live the Queen!

Para quem não a conhece, siga o instagram @theashleygraham. Ficam aqui algumas fotos:






Aceitemo-nos como somos e que tenhamos coragem para assumir o que somos!




terça-feira, 14 de novembro de 2017

Tu comandas!

Para vos situar no tempo, sim, tenho um relacionamento. E estou bem sim senhora, mas aqui a “je”, antes de estar com o seu agora fofuchas, andou a “laurear a pevide”, depois de dois relacionamentos falhadissimos depois do divórcio.

Fartinha de relacionamentos demasiado intensos, resolvi aos 37 anos, que estava na hora de me apreciar. Ah e tal, não preciso de gajo nenhum para ser feliz e mais vale sozinha do que mal acompanhada. É verdade sim senhora! Foi toda uma transformação, um ganhar uma auto-estima de fazer o Sol ter vergonha. A partir do momento em que tens esta postura, tua vida muda.

Tens alguns encontros, sempre em mente, que não queres ter relacionamentos, que não precisas de um macho e é mesmo o grito da liberdade. SIM estou sozinha e gosto de estar sozinha, e não tenho de dar explicações a ninguém.
Aqui começa aprendizagem, a descoberta sobre ti mesma, a noção de que tu comandas mesmo.

A tua vida à distância de um click. Tu dizes sim, tu dizes não, tu dizes “eh pá foi bom, mas não estou mesmo virada para relacionamentos…”.

Imaginem uma sociedade em que a mulher tem o mesmo comportamento sexual que um homem...Será possível? Será assim tão descabido? 
Para a grande maioria das pessoas é feio. As mulheres são as primeiras a apontar o dedo "Aiii que horror" e os homens, bem os homens, "mulheres destas não são para casar!".

Pois minhas amigas e amigos, todos devíamos passar por esta experiência, derrubas muitos preconceitos, que te são pré incutidos uma vida inteira. A tua postura muda, tu é que sabes, mais confiante e aprendes a avaliar o ser humano. Conheces pessoas incríveis se saíres da tua caixinha, da tua bolhinha e não é preciso estar-se desesperada para se fazer isto, como ouvi uma totó dizer. É preciso ter-se mente aberta.

Eu estava numa fase de “me, myself and I” e foi uma fase fantástica… Serviu para abrir o meu coração ao mundo, serviu para sarar feridas antigas, serviu para EU, me afirmar como mulher, serviu para a minha auto-confiança transbordar e aceitar a vida tal como ela é.

Serviu para eu num dia, num almoço, conhecer um "branquelas” de olho azul quase água. Ele ao corar ali naquele primeiro encontro e deixar-me levar por aquele que agora é o meu companheiro.






quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Be U e o Ginásio

Sabem aquelas meninas todas coquetes que vão ao ginásio com a roupinha a fazer pandan? Calçinha, topinho, rabo de cavalo perfeito, cheirosinhas, corpinho todo trabalhadinho? Eu não faço parte desse clube… Uma introdução para que percebam a minha dor.
Frequento ginásios há muitos anos, comecei no step, quando o step ainda era novidade... Foi completamente ultrapassado pelo body step… Depois passei pelo body combat, também ainda ninguém sabia o que era isto. Esta modalidade foi a única que me fez comprar o “outfit” para sentir-me dentro da cena, era as calças tipo tropa ou com uma risca de lado que dizia body combat, era o body de alças para se ver bem os braços definidos e depois as ligaduras para passar nas mãos. Qual boxer qual quê? Isto tudo com a coreografia ao som de "I'm a survivor" das Destiny Child, tinha vinte e poucos anitos e gostava mesmo daquilo.
Coincidentemente ou não, o ambiente dos ginásios é quase igual ao nosso ambiente de trabalho: começas timidamente, depois já te relacionas com pessoas e a certa altura já estás introsada com aquela malta que anda como uma matilha, BFFs , cafés, convenções, alguém envolve-se com alguém, jantares… “Ah e tal, hoje não posso porque vou jantar com a malta do ginásio.”... Eu fiz parte desse grupo, mas como é obvio, tudo o que é demais enjoa, de repente começas a embirrar com uma ou outra pessoa, não estás virada para cafés ou jantares e aquelas pessoas começam também a pôr-te de lado...
Um dia, muito depois do ritual do enamoramento, num sábado de manhã, estava a sala cheia e eis que chega a Miss G.I. Jane (chamava-se assim porque era militar, alta magrinha e treinava como a Demy Moore no referido filme), eu confesso que já andava com ela atravessada,  chega em cima da hora da aula e a menina resolveu pôr-se à minha frente numa sala atolada de gente parva, sem ser eu e a minha amiga, claro. Aqui a "je" passou-se e sem modos nenhuns, tocou na senhora, consideravelmente uns 20 centimetros mais alta que eu e disse-lhe: "olha, quem chega atrasada vai lá para trás"... A sala ficou estupidamente em silêncio, a G.I. Jane engoliu o garfo e foi lá para trás.  E a prof. que também fazia parte da matilha, seguiu com a aula… Isto podia ter acabado aqui, mas não… A aula acaba, vou para o balneário, começo a despir-me e a comentar com a minha amiga o que se tinha passado, quando chega a G.I. Jane, e imaginem a cena: moi meme, semi nua, no bate boca com a outra até que ela resolve empunhar a mão ao qual lhe respondo, “olha, é já como se tivesses batido portanto queres, avança!”. Eu com o meu metro e sessenta e ela, militar, com mais 20 cm. Ela lá deve ter pensado que com os malucos não se brincam e largou o "osso". Posto isto as confraternizaçoes acabaram-se, mas continuo a frequentar ginásios porque gosto das aulas e porque faz-me bem fisicamente. 

O ginásio que  actualmente frequento está dividido por várias fações:
os musculados, que passam ali horas a ver quem consegue com mais peso, quase que parece uma selva de gorilas a bater no peito, de vez em quando param e eis as olhadelas para os rabos de todas as mulheres que passam por ali;
as coquetes, que de vez em quando passam pelos musculados, qual ritual de acasalamento qual quê;
os passadeira people, que se subdividem em três grupos: os corredores; os que estão a passear e o que estão quase a morrer na passadeira. Bufam, soltam uns sons parecidos com um burro, suam que nem uns cavalos e correm, andam, correm, andam...Enfim fico cansada só de olhar.

As pessoas que fazem parte da matilha, normalmente, frequentam as aulas de grupo: as coquetes ficam à frente, porque já conhecem o esquema todo e são amigas da professora, com um ar muito cool e fresco de “aii meu Deus, estou  aqui à frente”
O resto fica para trás a tentar fazer a aula e tentar manter o foco.

Já tenho alguma experiência para  entrar muda e sair calada, se alguém mete conversa é responder algo muito superfulo e olhar para o lado. Faço os possíveis para tomar banho em casa, nas máquinas só peço ajuda aos professores, etc., etc.
Não invalida que de vez em quando ainda tenha alguns episódios: como estar a fazer a aula de bike e sentir o suor de outra pessoa no teu braço; quereres aquela máquina e estar ocupada; perguntares se estão a usar e respondem que sim, quando na verdade estão a descansar na dita; teres o dono do ginásio a falar contigo e não perceberes nada do que diz, porque parece que tem pão na boca; sentires saudades da tua amiga, porque ela sim, faz-te falta nestas andanças, para rir e cochichar.