A entrada nos 40's marcou o início do ano, uma vez que o meu aniversário é
em Janeiro. Não vou divagar muito sobre 2017.
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Vou apenas
tentar resumir que estar nos 40 fez-me querer gritar ao mundo que vim para
ficar, que o caminho que percorri foi e é todos os dias suado, que o dia a dia
é, muitas vezes cansativo, mas muito compensador.
Olho para trás e vejo os quilómetros
que percorri e posso dizer, literalmente, que foram e
são suados.
O que idealizei para 2017
foi quase tudo concretizado: um concerto, uma viagem, sítios novos, risos,
vestidos, pessoas novas, descanso e jantares. Consegui ir a dois shows de stand
up comedy que nunca tinha ido. Ir a uma peça teatro demasiado intelectual
para mim, mas fui. E o gosto pela leitura voltou, embora às vezes o sono leve a
melhor ao livro.
Mais um ano de corridas e
mais trails. Muita superação, muito cansaço, mas não consegui chegar
de longe aos recordes dos 10 km, baixar até aos 55 minutos, mas foi por falta
de treino, o que custa-me a admitir, mas correr para atingir estes meus
objetivos é sofrer muito e este ano não quis isso, quis correr acompanhada e
foram momentos preciosos.
Em 2017 apercebi-me que
não vou para nova, que os meus pais não vão para novos e que às vezes há que
fazer um esforço para amenizar guerras familiares, estar lá sempre que
possível, ouvir sem me irritar. E todos nós sabemos o quanto é difícil ouvir,
estar, sentar e conversar. Coisas tão simples e às vezes parecem impossíveis,
ora porque estamos cansados, ora porque temos compromissos, ora porque não nos
apetece.
Em 2017 criei este
blog, para escrever e partilhar histórias, para divertir-me e também para ser o
meu escape, mais um portanto.
Os 40 dão-me a segurança
que nunca tive, dão-me a certeza de que posso fazer melhor e que quero muito
mais. Ser mãe é o facto mais importante da minha vida, mas não é isso que me
define. É a vontade de nunca parar, nunca desistir, suportar todas as
frustrações com um "amanhã será melhor", esteja onde estiver, a fazer
seja o que for, e no fim do dia só querer chegar a casa e encontrar B.
Que 2018 seja a
continuação de 2017 nas minhas demandas: um concerto, uma viagem, jantares,
corridas, trails, muita música, descobrir e fazer coisas novas, e que a
reeducação alimentar continue, que eu progrida neste campo e que continue a
crescer como pessoa. Afastar -me de pessoas que não me dizem nada ou que têm
ideias pré-concebidas de mim, sem me conhecerem. Tentar refrear o impeto de
querer que as pessoas mudem, porque as pessoas não mudam, tentar pôr para trás
das costas os mal entendidos causados por pessoas parvas. Tentar não levar as
coisas tão a peito, aligeirar ainda mais as situações desagradáveis, controlar
a minha ira.
O principal: nunca perder
o foco de quem eu sou, quem fui e quem quero ser.
Feliz Ano 2018!
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