quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O meu 2018: o resumo!

2018 não foi de todo como mentalmente tinha delinado em Dezembro de 2017.
Foi um ano em que provavelmente espontaneamente tomei decisões sem pensar muito.

Fiz um trail enorme logo no início do ano que quando relembro alguns momentos ainda fico cansada. Ainda assim, tenho saudades de correr ou andar na natureza. Tenho saudades daquela sensação de liberdade, da rudeza da natureza dos “sobes e desces”, da lama, da dificuldade, da luta mental, essencialmente daquela sensação de Superação. Voltarei sem dúvida e inscrever-me-ei nestas dias para que não deixe passar a data.

Fui a Fátima, andei, andei, andei durante 4 dias no meio de pessoas fantásticas que não conhecia, 4 dias a tomar banho em pavilhões e a dormir em salões de igreja. A acordar muito cedo e a deitar-me extenuada. Vim com fé no ser humano e com vontade de ir mais longe, ou seja, estive mesmo em Peregrinação na minha busca de algo e vi Santiago de Compostela por um canudo.
Não será em 2019, mas está na minha lista.

O primeiro ciclo acabou para a minha mais que tudo. E fomos de férias ao Algarve uma semana, eu e ela, foi sem dúvida um parar, respirar e aproveitar o momento. Vivemos num época em que tudo é alucinante, tudo muito veloz… Não me lembro de aos dez anos ter uma vida tão intensa como a minha filha. É verdade que a minha mãe não tinha tempo nem grandes posses para isso, mas lembro-me de passear com a minha mãe em Belém e quero ter esses momentos com a minha filha, quero que fiquem gravados na sua cabeçinha para todo o sempre, quero que se recorde dos tempos em que ia com a mãe passear e comer um gelado do Santini...

Fui a Roma e amei como vos descrevi no post da semana passada. Mais palavras para quê? Foi sem dúvida o meu acontecimento de 2018. Amei e quem não leu fica aqui o link
https://beu77.blogspot.com/2018/12/vivi-grande-e-italiana.html

Voltei de coração aberto, cheio e cheia em  quilitos.

Fui a um evento de ioga, o Wanderlust, e  senti-me enferrujada e gorda, senti que preciso daquilo na minha vida.

Inscrevi-me no ginásio, uma vez que não andei muito virada para corridas e foi todo um novo mundo, desde de marcar aulas online, voltar ao Body Combat, ao RPM, descobrir outras modalidades igualmente extenuantes, mas malta, ir ao ginásio ou correr é para mim “desanuviar” é a minha terapia, o meu IOGA .

Fui ao evento Open Mag, trouxe um saco cheios de produtos de beleza para a cara… Ainda lá estão...

 Preparada para o início do quinto ano da minha filha. Tentei anticipar o anticipável. É uma mudança realmente grande para uma criança, mesmo uma despachada como é a  minha. Comecei com muitas advertências, chateie-me pelo meio, voltei aos estudos. Foi um primeiro período cansativo que eu própria fazendo o balanço quando este chegou ao fim pensei :“Tens que refrear ou a miúda vai flipar”, até correu bem, mas admito que algumas vezes exagerei, gritei e descabelei sem necessidade… E só dava conta quando sentia aqueles olhos esbugalhados em mim do tipo “Passou-se...” e passei-me para quê? Ainda só está no quinto ano… Então vamos respirar e levar a coisa com mais calma até porque o próximo período é enorme e mentalmente não estou para isso.
Lá está, as notas até foram razoáveis, sem negativas. Não são excelentes, mas será mesmo isso importante?  O ser muito bom a tudo? Acho que não! E eu nunca fui aluna de bons como ela, fui uma aluna mediana.

Claro que há em mim uma dualidade… Ok, não tem que ser excelente, mas tem que trabalhar, tem que me mostrar que está a trabalhar, porque na vida temos que nos esforçar. Temos que dar o nosso melhor. Contra mim falo… Mas ela não sabe disso e nem tem que saber… Apenas quero que dê o seu melhor. Todos os dias o digo para que não se esqueça, se ouve não sei… Sei que o digo vezes sem conta, algum dia há de lá ficar.

 Adoptei uma gatinha, tinha um mês quando lá foi para casa. Nunca na minha vida tive gatos ou cães. A minha experiência passava apenas com pássaros que interagem, mas não é a mesma coisa. Escolhi um gato porque a minha filha ama gatos desde que é gente, vá-se lá saber porquê? Também não tenho que me levantar para o levar à rua, o que é óptimo.

E tem sido uma experiência tão boa… É todo um novo mundo já me descrito antes e já me tinham tentado fazer perceber, mas chegar a casa e ter aquele pequeno ser na porta da rua à minha espera enche-me o coração. Dizem que os gatos não ligam aos seus donos, que são independents e que são maus… Eu sei que tive sorte, mas há muitos preconceitos  quanto a esta raça. Devo dizer que a minha gata pede-me festas, quando estou no sofá vem ronronar para o meu colo e lá fica até adormecer… E escolhe-me a mim para dormir em cima de… Podia ser aquela que a ama muito e que me chateou para ter um gato, contudo é em mim que adormece. E como adoro, custa-me um bocadinho deixá-la de manhã quando fica à janela a ver a rua, é para mim, a minha segunda Dona. Fico preocupada se come, se roi alguma coisa que não devia, se habitua-se à nova areia ou se tem dores porque foi esterelizada.
Eu, a menina q"ueque" que nunca teve um animal, que imaginava cócós e ficava angustiada… Realmente tenho crescido. Calma, sei que ainda tenho um longo caminho, mas para quem vai fazer os 42… Não está mal.

Falando em descobertas, começei a ter aulas de salsa. O que começou por ser meio morninho acabou por me surpreender. É claro que quando a professora com aquele fantástico corpo que tem nos manda rebolar, eu imagino que eu sou o tal elefante a rodar o rabo enquanto que ela uma primadona. Dançar alivia a alma e naquela hora esqueço  tudo a não ser que a pirralha me ligue a perguntar se pode ficar na escola na hora do almoço… No meio da aula de salsa...

 Resumindo, foi um ano que quis e fiz algumas coisas novas. Quero continuar esta máxima, novo ano, nova aprendizagem. Se é coisa que aprendi em 2018 é que um dia estamos vivos e que amanhã podemos estar num hospital a fazer quimioterapia e talvez morrer.

Acabo o ano a ir dar sangue pela quarta vez. E não digo isto para me vanglorizar, digo isto poque nesta última década tentei dar sangue várias vezes e nunca consegui. Mudei ligeiramente a alimentação e este ano lá consegui Fiquei tão feliz por poder participar. Por poder de algum modo ajudar. Também venho de coração cheio quando de lá saiu. Dar! Sempre que puder e se puder, estarei lá.

Se eu sei o que vou fazer em 2019? Ainda não sei… Vou entrar com espírito aberto e logo vemos.

Mantermo-nos curiosos, com vontade de aprender e de conhecer é o caminho da jovialidade e da felicidade!

 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Vivi à grande e à italiana!

Em Agosto estive em Roma quinze dias. Sim, eu sei, foi no verão e não vos contei nada.
Amei tanto aquilo que durante algum tempo quis guardar aqueles momentos só para mim… Já lá vão uns meses e pronto, acho que próximo do fim do ano estou preparada para partilhar um pouquinho da minha viagem.

Fui com a minha filha e com os meus pais. Era já uma viagem nos planos da minha mãe, uma vez que temos lá família e era já tempo de fazer algo diferente.

Não consigo descrever tudo o que senti ao estar em Roma, poderei dizer que Roma esteve em mim.

Quando oiço pessoas a relatar ou a descrever Roma, penso que vivi aquilo de maneira diferente. Amei cada momento, cada rua, cada cor, cada gelado, cada ida ao centro e ia todos os dias a pedido da minha filha porque adorava ir ao centro para descobrir novas ruas.

Aquele ditado de todos os caminhos vão dar a Roma… Connosco era isso mesmo. Todos os dias apanhávamos o metro e em 10 minutos estávamos no centro da confusão, todos os dias descobríamos sítios diferentes, todos os dias nos apaixonávamos por aquela cidade. A minha filha é uma criança que na maior parte das vezes é chata, mas tem em si um espírito tão livre e tão curioso que não se importava de andar 10 a 20 km por dia. Contudo, eram quilómetros que só dávamos por eles no final do dia. Há pessoas que dizem “ah e tal, aquilo tem imensa gente e não consegues andar…” Eh pah, se queres sossego vais acampar, não vais para uma das cidades mais visitadas do Mundo.

O que mais me marcou foi definitivamente o Coliseu. . Estar ali a ouvir a guia relatar o que se passava, ver como eram inteligentes e que todos os filmes que vi daquela época estavam ali retratados. Amei, cada pedra e toda aquela envolvência. Na minha cabeça revia o César Augusto Marco António, e Cleópatra.

Sais do Coliseu e vais logo ao circo Máximo, onde se faziam as corridas, andas mais um bocadinho e vais parar a um sítio idílico que apaixonei-me, que voltarei sem dúvida, Trastevere, reparem na imagem em baixo, não tem nada a ver com o sítio em que estive há momentos… E por isso amei Roma... Cada lugar era uma descoberta que ficou-me gravada na minha alma. Há cidades que marcam, não conheço muitas, mas esta morrerei feliz por ter conhecido. Uma amiga escreveu-no no Instragam: “Cá para mim viveste aí numa outra vida” e não costumo ligar muito a este tipo de observações, mas aquilo pareceu-me tão verdade. Foi uma cidade que me adaptei tão facilmente: em dois dias conhecia a linha do metro toda, já sabia para onde ir, onde queria ir, nunca me senti “de fora”. Acho que os italianos estão tão habituados a gentes, que mais um, menos uma, tanto lhes faz. Comida, café, bebidas… Eh pah, se é cidade que adorei foi esta. Cidade que viveria era Roma. Sabem aquele filme “Comer, amar e orar”? Podes fazer tudo aqui, se não te importares de engordar consideravelmente... Demasiado glúten, demasiados gelados, não há quilómetros que compensem… Quando voltei parecia uma bolinha de berlim.

Voltarei a Roma para visitar outros sítios e revisitar sítios, e voltarei a Itália para visitar outras cidades com a certeza que irei sempre gostar.
 
 

 

 

 
 

 
 
Trastevere
 
 
 
 
 
 
 

"Wherever you go

becames a part of you

somehow!"

-Anita Desai
 




 

 

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Como ir a Paris com a namorada e não a pedir em casamento?

Bom, há pouco tempo soube de uma história engraçada…
Um rapazito, não muito claro das ideias, foi a Paris de férias com a namorada.
Nós “gajas” temos um problema, ouvimos Paris+férias+namorado e secretamente começamos a imaginar num mega pedido de casamento em frente à Tour Eiffel.
 
Não fugindo do assunto, o rapaz lá foi com a sua namorada de longa data, com a qual já vive há algum tempo, passar uns dias agradáveis à cidade do amor! Vão passear pela cidade e obviamente a visita que impera é à Tour Eiffel. Ele em frente ao dito monumento, com fotos para aqui e para ali, olha para o chão e ajoelha-se, não para sacar do pedido, mas sim para apertar os tênis. Quando se levanta repara na cara de desilusão da rapariga e podem pressupôr como foram os restantes dias. Sei de fonte mais ou menos  segura que aquando do regresso a namorada ficou algumas semanas de cara fechada. Acho que o relacionamente sobreviveu, uma vez  que isto aconteceu no ano passado e soube que esta semana foram passar férias a Barcelona.
Será que ele aprendeu a lição e nunca mais usou sapatilhas com atacadores? Ou será que ela se resignou e sabe que se não foi em Paris não será em mais lado nenhum?
 
Calma pessoal, faltam-me visitar  algumas cidades da Europa e Paris é uma delas. Contudo, se eu fosse com o meu actual companheiro a Paris e em frente a este gigantesco monumento do romantismo e se ele pelo menos não soltasse um “Amo-te, ès a mulher da minha vida” ou até mesmo um “Queres casar comigo?”, também regressaria de cara fechada e talvez já não fosse passar férias com ele… Para sempre!
 
Rapazes, há várias maneiras de ir a Paris com a namorada e não a pedir em casamento, passo a citar:
Soltar um “Amo-te” em frente à Tour Eiffel, seguido de um beijo à filme.
 
Soltar um “És a mulher da minha vida” seguido de um beijo à filme.

Passar à frente do monumento, ver a fila descomunal e ser prático “Vá, tiramos uma foto e vamos ali partilhar um éclair de chocolate”.

Dizer que não tens grande interesse em visitar este monumento uma vez que o vês da janela e que preferes fazer uma caminhada pelas ruas da cidade e ver lojas.

Dizer “É tão cliché pedir alguém em casamento aqui”.

Dizer “Sabes o que faria este momento perfeito? (pequena pausa) Um croissant!

Dizer “Fecha os olhos” e desaparecer. Ir para o Hotel e desculpar que foste apanhado por um mar de gente e que não conseguiste voltar atrás. Agora estás tão traumatizado que nunca mais queres lá voltar!
 
Tenham isto em mente boys: NUNCA, mas NUNCA, se baixem para atar as sapatilhas, apanhar moedas, apanhar qualquer coisa, a não ser que ela tenha tropeçado, aí seria perfeito…
 
 

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Casados à Primeira Vista!

Venho por este meio dissertar sobre este assunto.
Sei que há pessoas que não farão ideia do que estou a falar ou porque não vêm televisão ou não gostam deste tipo de cenas ou têm alguns “problemas” com este tipo de programas:
 
Este verão vi primeiro a temporada 6 australiana que teve direito a traições entre casais e troca de casais, o drama de gostar de uma pessoa e essa pessoa nem sequer querer trocar um “olá” contigo. E um confronto entre duas mulheres por causa de um homem que até agora não percebo o encanto.
 
O que menos gostei foi do espanhol, pelo formato e mesmo pelas pessoas meias pãezinhos sem sal.
E era com grande espectativa que aguardava o português, se seria bimbão como o espanhol ou tentaria chegar ao nível “caliente” do Australiano.

Pois bem, superou as espectativas e gosto do  nosso formato. Gosto que tenham respeitado as diretrizes do formato original e sobretudo gosto de constatar que pessoas serão pessoas em qualquer parte do mundo.
O programa consiste em casar com uma pessoa que apenas e só iremos conhecer no dia do casamento. Ora se para uns é completamente descabido, para algumas religiões isto é corrente há séculos.

E gosto que nós os portugueses estejamos a tentar ser mais aventureiros nestes campos.
Se me perguntassem há 20 anos atrás do que eu achava da ideia de casar com um desconhecido diria que a ideia era completamente descabida, mas passados anos e de acordo com a experiência adquirida nesses mesmos anos, não descartaria a ideia, teria sim de ter coragem para encarar tudo e todos.

Tenho em mim várias opiniões que passo a descrever.
Pessoas poderão dizer “ah e tal, com tanta pessoa solteira por aí tinham mesmo que ir a um programa?”.Porque não?

        Porque são feitos testes conforme os nossos gostos e aí encontrado o nosso match.

        Porque não poupar trabalho, dinheiro e tempo quando tens pessoas a tratar disso por ti sem olhar a custos. Podes casar com o que queres, como queres e ainda vais para uma Lua de Mel, certo que por ti não escolhida, mas tens a hipótese de conhecer/fazer algo diferente.

Pessoas poderão dizer “ah e tal, mas vais casar com uma pessoa que não conheces, mais vale ir ao Tinder ou outra app parecida…”:

        Tinder ou uma outra app faz o match visual, o que vem depois disso é um chorrilho de palavras que tem como objectivo levar-te para a cama o mais rapidamente possível.

        Ah e tal, não a mesma coisa de  “engatar” uma pessoa num bar/dicoteca”, pois, a diferença é que na maior parte dos casos, no dia seguinte nunca mais vemos essa pessoa e aqui no programa até vamos de lua-de-mel.

Pessoas poderão dizer “ah e tal, já viste a exposição?”: pelo que vi a exposição vai até onde o concorrente quer e a meu ver por experiência própria, no dia do meu casamento “levei” com pessoas ditas familiares que nunca vi até ali e que nunca mais vi desde então.
Pessoas que acham que não se deve partilhar a cama na primeira noite:
1 - Quem entra neste ou qualquer programa semelhante já deve ir preparado para o que der e vier.

 2 - Pessoa que não quer partilhar a cama com um desconhecido:
-          nunca dormiu em Hostels;
-          nunca acampou;
-          nunca dormiu em pavilhões em sacos de cama com gente que não conhecia;

A não ser que a pessoa cheire mal de ir ao vómitos… É só uma cama ok!? Podem fazer uma barreira de almofadas, dormir com um pijama até a cabeça, algemar o parceiro para que tenha a certeza que não passa das marcas e/ou façam vigias, etc., etc., etc..
Quer dizer, de livre e espontânea vontade, estás disposta a casar com uma pessoa que não conheces, mas partilhar a cama, isso não? Não compreendo!

Dito isto não invalida que quando entramos num programa destes e até mesmo numa relação temos que ir com a cabeça “limpa”, com a mente aberta e dar uma oportunidade às circunstâncias.
É certo que há pessoas que se atiram logo de cabeça, que se entregam na totalidade com tanta paixão que sufoca, é certo.

A verdadeira questão é saber ultrapassar as adversidades e tentar conhecer a pessoa com quem deu match. Deixar ir, tentar relacionar, observar e constatar. Ok, esta pessoa não é o meu ideal, mas vou tentar ser simpática porque ambos estamos nisto pelo mesmo motivo:
Encontrar o amor das nossas vidas! E é isto que toda a pessoa quer independente dos seus gostos sexuais e até mesmo crença.
 
Claro que há pessoas incompatíveis, por mais que dê 60% de compatibilidade  se nos restantes 40% forem coisas realmente insuportáveis, de nada vale os 60%.

Acabo com uma ideia sobre mim mesma:
Se concorresse a este programa e visse no altar um homem alto, corpanzão e de olhos verdes, teria o senhor fracas hipóteses se:

-          abrisse a boca e dissesse “prontos, estamos casados”;

-          se ao comer parecesse um javardo de boca aberta e ainda coçasse os tintins durante  o copo de água;

-          se no copo de água dissesse “adoro funk e é isso que vamos dançar”;

-          se me dissesse “és boa como o milho”, peidava-se e tentava pôr as culpas em mim;

-          se nesta sucessão de eventos, ele no quarto de hotel dizer:  “então, pronta para conheceres o amor da tua vida” (indicando com o dedo para o seu orgão genital);

-          se de manhã começasse a falar comigo como se eu tivesse desperta há horas, aqui levaria um soco;

-          se no banho demorasse mais de 15 minutos;

-          se na ida para a Lua de Mel no avião apalpasse a assistente de bordo;

-          e todos os outros comportamentos repetidos na lua de Mel… Daria por mim a sufocá-lo com almofada;

Era só isto!
 


 




 

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Eu tenho um sonho!

O mês passado  no meio da azáfama de começo de aulas estava eu a identificar os livros da minha filha com ela ao lado quando liguei a TV. Estava na SIC e deixei estar. Estava a dar o programa da tarde com um grande ênfase sobre a nova telenovela da SIC, um grande tempo de antena. Estavam a falar especificamente da Cova da Moura, na Amadora, com pequenas reportagens no bairro, um senhor a explicar que cresceu, estudou e formou-se advogado, e com uma modelo que veio propositadamente dos EUA para fazer parte da telenovela.
B olhava como que hipnotizada para a TV e pergunta: “Onde é a Cova da Moura?”. Expliquei onde fica. Fez silêncio, entretanto uma rapariga é entrevistada e explica que foi vítima de racismo numa entrevista de emprego, uma vez que mencionou que morava na Cova da Moura. Vi nos olhos da minha filha que não estava a perceber, tal a inocência. Perguntou “Racismo? Mas porque mora na Cova da Moura?”. Fui muito crua quando lhe respondi: “Bea, nunca esperes ter a vida facilitada porque tens essa cor de pele linda, porque és mulher e porque moras na Amadora”.
Nisto oiço o advogado formado criado na Cova da Moura, explicar o que eu já tinha percebido, é difícil ser-se preto, ser-se da Amadora e ainda por cima da Cova da Moura. Que a Cova da Moura é problemática, é, mas tem muita gente boa e trabalhadora, e que é um bairro que tem muita vida.
Bom, não vejo telenovelas, mas tive que lá ir espreitar e o cenário “está um pouco cor de rosinha”. , Como em todo o lado há pessoas más e pessoas boas. E existe um programa social muito bom que conheço há alguns anos. Sei que tentam fazer um grande trabalho em tirar alguns miúdos da “má vida”, um trabalho um pouco ingrato, mas muito recompensador.
À Cova da Moura fui muito poucas vezes, acho que conto pelos dedos de uma mão. Lembro-me que cada vez que lá entrei, sabia que todos sabiam que eu estava a entrar e que era uma desconhecida, portanto aquilo não é assim tão idílico como parece.
E só quem não conhece pode falar com sorrisinhos e mandar bitaites, porque na nossa generalidade temos muito medo do desconhecido.
Apenas retenho que a minha filha ainda não tem noção do que é e um dia, tal como a mãe, alguém vai lhe partir o coração por causa de um pequeno grande pormenor, que é a sua cor. A mim cabe-me prepará-la, tentando não envenená-la com ideias pré-concebidas. Ela já está no quinto ano, agora é que vai começar a perceber o que é o Mundo.
E venho outra vez apelar ao sonho de Martin Luther King:
“ …, eu tenho um sonho. O sonho de ver os meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele...”

 
https://beu77.blogspot.com/2017/10/all-lives-matters.html


 

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Um caracol é mais rápido do que eu…

Acerca do meu post da semana passada “o meu regresso ao ginásio” https://beu77.blogspot.com/2018/10/o-meu-regresso-ao-ginasio.html, pois é, eu ainda estou só no aquecimento. Nessa semana experimentei às cegas o CX Work, horrível.  Coincidência ou não, adoeci, muito. Não foi por causa da aula, isso queria eu. Fiquei tão mal que na sexta-feira estava no hospital com ben-u-ron e antibiótico directamente na veia… Não vou entrar em pormenores, mas foi mesmo um grande susto. E pensam vocês “coitada deve ter passado o fim-de-semana de cama”... Pensam mal! No sábado ainda estava meia febril, mas no domingo tinha a mini meia maratona, oito quilómetros e meio do Vasco da Gama, e a minha mãe estava tão entusiasmada que eu pensei “vai lá, estás gorda”, para além disso esta corrida não é propriamente baratucha para me baldar… Odeio não comparecer em corridas e por isso às vezes corro com dores de garganta, com pingo no nariz, com uma febrinha, enfim, tosca mesmo.

Não era o furacão Leslie que me ia parar!
Não foi a Leslie, mas sim a febre… Começa a corrida e os primeiros 500 metros sinto-me bem, óbvio, é a descer e penso “ah, eu estou bem…”, ainda não tinha acabado o primeiro quilómetro e eu já não sentia as pernas. Começei a abrandar o passo e aí a minha mãe percebeu que eu nem de casa devia ter saído… Foi um martírio entre correr e andar sempre com a minha mãe dar-me força, eu a tentar lutar comigo mesma para não chorar… Normalente sou eu que vou a animar a malta, a incentivar, a distrair… Eu nem conseguia falar… Eu acho que delirei a dada altura, mas tive tempo para olhar para as pessoas à minha volta: tanto povinho, mas o povinho vai a diverti-se, vi também  aquele pessoal que se apetrecha todo, sapatilhas runner boost cenas, meias de compressão, bolsinha de água, o relógio xpto, etc etc. Essa malta ia ao meu lado e eu ia a morrer, outros patetinhas... Arfavam tanto como eu ou seja há gente que só vai corer só para dizer que foi , enfim, lá acabei e atrás de mim vieram centenas de pessoas… Eu sei que o prémio para a tonhó do ano é meu.
O resto do domingo foi, claro, no sofá a dormitar e a tentar guerrear a febre… À noite já tinha passado. E não fiz mais nada até esta quarta-feira. Fui ao médico e ele disse que estava tudo bem, que continuasse a tomar o antibiótico com a advertência de não fazer o amor enquanto o tomo ou bébe na cegonha na certa.
E lá fui outra vez ao gym… Não queria lá passar muito tempo e saquei da app, RPM 30 minutos, que bom, vou outra vez morrer, mas lá terá que ser. O bom destes ginásios é que se vai logo depois do almoço e não está lá nem meia dúzia de pessoas. E por essa razão, quando lá cheguei não houve aula… Também ninguém me veio perguntar se queria fazer a aula, eu faria, mas a porta estava fechada sem professor à vista, pelos vistos fui a única a marcar...
Como ninguém apareceu lá fui tentar correr no programa dos 5 km… Estava já nos 20 minutos quando oiço o sininho e um professor a dizer “tapete”. Abdominais? vamos acabar com esta boínha.
Chego ao tapete e o professor está a separar materiais, a contar quantas somos e vejo-o a fazer uma espécie de circuito. Uma cordas, outra burpees, outra empurra um carrinho de 20 kg, estão a ver o meu ar? Depois de ter corrido 20 minutos? Neste momento enquanto eu assimilava tudo o que se estava a passar o professor dirige-se a mim e diz “sprint para lá e para cá” e eu “what?” e ele “sprint, mas não diga em voz alta senão elas assustam-se já”. E eu disse “ok, ok, como é que se chama mesmo esta aula?” e ele respondeu “fit moves”, a minha cabecinha fotográfica levou-me ao que li destas aulas e o blá blá blá, é mais ou menos assim: “30 minutos intensivos que são constituidos por dois circuitos intensivos utilizando o peso do corpo blá blá blá old school blá blá blá”, ou seja, para mim uma espécie de cross fit. Só a mimmmmmm!
Ora bem, sprint… Um horror. Empurrar o carro quase senti o vómito na boca. Burpees nem por isso. Saltinhos na box não houve… E no “second round” eu já estava a ver o s pesos pesados na minha cabeça, aquela imagem da Susana na lama e não se conseguir levantar… Era como me sentia naquele momento. Sobrevevi aos dois circuitos… Que foram uma autêntico cócó para mim… Cócó...
Saí e fui à minha vida… Pintar o cabelo em casa, fazer as panquecas, o iogurte caseiro e o jantar para as pessoas normais. Foi assim o meu dia… Eu canso-me..
Até eu voltar à minha forma física, vou sentir-me mais lenta que um caracol.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O meu regresso ao ginásio...

Quem me segue e que me conhece sabe que há vinte anos (e mais um cabelo branco de cada vez que digo 20 anos) que sou frequentadora de ginásios. Este ano andei na calansice entre corridas não tão frequentes como as que fiz no ano passado. E ainda ter ido a Fátima a pé durante 4 dias e ter ficado cansada. Fui a Roma de férias 15 dias e fiquei gorda. 
Depois do Wanderlust na semana passada tomei a decisão de voltar ao ginásio para pelo menos uma vez por semana tentar fazer algo parecido com ioga.  Inscrevi-me no Fitness Hut e lá fui eu... Uau!
Muita coisa evoluiu e agora temos “apps” para marcação de aulas. Isto é tudo muito bonito, mas para quem perdeu o tracking de aulas é um pouco confuso. Não existe aquela espontaneadade de chegar, ver o que se passa e ir… Não! Marca-se on-line. 
E lá marquei para o horário mais favorável, uma aula que me pareceu bem, CX Work, dizia: baixo endurance… Lá pensei a e tal, não tem grande impacto e para começar, 30 minutos está bom. 
Tão tótó… Devia ter suspeitado que 30 minutos era demasiado bom para ser verdade. Explico, aulas de 30 minutos são aulas intensas para queimar gordura rapidamente em curto espaço de tempo, mas eu li na aplicação: “Treino curto e eficaz que visa solicitar todos os grupos musculares do tronco (incluindo abdominais) e glúteos, numa aula coreografada de 30 minutos e blá blá blá”.
Colchão, elásticos e peso… Nos primeiros 5 minutos pensei “mas és mesmo parola pah, amanhã não te vais conseguir mexer”, 30 minutos de puro sofrimento. Trabalha-se aqui os abdominais e penoso mesmo é o elastico, que parece novinho em folha vencendo totalmente os meus braços flácidos e fraquinhos. A professora fofinha lá me ia corrigindo lá do alto com o seu microfone como que a humilhar-me secretamente e eu pensava “pois, pois, podias estar ali na zumbinha com as outras gordas e também algumas da minha “kind=pretas””, mas aqui a única preta da sala tentava arfar muito baixinho numa sala que mais parecia uma discoteca de tão pouca luz que tinha. Por um lado é melhor assim que ninguém está concentrado na figura dos outros, mas sim no seu próprio eu e na voz da professora. Saí de rastos, mas ainda consegui forças para a passadeira. A Zumbinha ainda continuava com saltos, gritinhos e coisas. Voltarei, não sei se para a mesma coisa, talvez morrer na bicicleta em 30 minutos. Há que recuperar dos meses sedentários. Sim, dói-me os abdominais debaixo desta boinha a volta da cintura. 
A época das corridas está a começar e eu ainda nem o aquecimento fiz.
Races are coming, Christmas is coming = fecha a boquinha e mexe-te!

FOCO!


sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Ioga não é para meninos. Fui ao Wanderlust e adorei..

Para quem não sabe o Wanderlust 108 é um 'Triatlo Mindful' composto por uma corrida ou caminhada de 5 km, de ioga ao ar livre e uma aula de meditação.

Talvez influenciada pelos relatos do ano passado ou pelas páginas no facebook/instagram. Até mesmo pelo meu desejo inaudível para o comum mortal, mas ensurdecedor dentro de mim: o desejo de paz interior. Para além disso, não me apeteceia gastar um domingo sem fazer nada.

Não se enganem, não foi num dia que conquistei a dita paz, mas durante algumas horas consegui esquecer o mundo e apenas estar comigo e ouvir o corpo a gritar cada vez que esticava, ora um braço ora outro.


Início:

Uns dias antes a organização começa por enviar o que devemos levar:

Identificação com foto.

Bilhete (ou eticket)
Tapete de ioga
Garrafa de água reutilizável.
Protetor solar (vai estar bastante calor).
Ténis de caminhada/corrida.

E diziam que iria haver um “bag check” para todos os participantes da corrida.

Não vi o "bag check", mas a maior parte das pessoas levou tudo. Eu tive que dar um salto ao meu fornecedor preferido e comprar um tapetinho, já a pensar nas sessões cá em casa de abdominais (eu a motivar-me). Não percebi o item de garrafa de água reutilizável, uma vez que não havia sítios para encher as garrafas, eu pelo menos não vi. Levei a minha cheia e andei a comprar água e bebidas isotónicas no Celeiro. Nota: água no Celeiro dentro do recinto a 49 cêntimos, fora do recinto, uma exorbitância… Tudo o resto material reciclado, mas encher garrafas nada… Continuo a dizer eu não vi…


Logo pelas 9.00 ir buscar os dorsais com pulseira do evento, um saco com alguns items que só em casa percebi o que eram e claro, a camisola do evento.


Entramos dentro do espaço, nos jardins da EDP, a procurar rapidamente um espaçinho no relvado para estender o tapete.. . Já lá estavam as pessoinhas que chegam de madrugada para marcar lugar… Mas como ainda era cedo, lá conseguimos ficar num local não muito mau… Aquilo encheu tanto de manhã que houve pessoas a ficar fora do relvado para ver melhor o palco.


Saudação ao Sol, o início:


Começamos com os exercícios normais de ioga, normais para quem está habituado. Eu fiz ioga há uns 20 anos (cada vez que escrevo ou digo há vinte anos cresce-me um cabelo branco) e não correu muito bem na altura ora porque me ria quando não conseguia fazer grande parte dos movimentos, ora porque no final a meditação era-me quase impossivel. Contudo, o que achava mesmo difícil e continuo a achar, é mesmo a respiração. Controlas a respiração, controlas o teu corpo… Sim, sim, ora se eu não consigo sossegar a respiração e a flexibilidade é zero, com os quilitos a mais ganhos nas férias em Roma… Estão a ver ao fim de 5 minutos suava que nem uma ursa… Desta vez mesmo com as mesmíssimas dificuldades de há 20 anos, senti-me bem… Uma luz ao final do túnel, a vontade de crescer espirtualmente…


Acabada a saudação ao sol, correr 5 km por volta das 10:30 em que está um calor desgraçado… Correu melhor do que esperava, não corria há algum tempo, mas ajudou ir na conversa. De volta ao tapete, começa a aula de ioga. E pessoal, foi aqui que senti todo o meu corpo a gritar comigo. O estica, o inspira ou expira, estica, posição, cenas de rabo para o ar e repetir, braços atrás, pernas atrás… E inspirra, expira… Moscas e calor… E os músculos a esticarem e a gritarem comigo: "Vês o que dá não fazeres nada? Não caminhas para nova e pareces uma máquina enferrujada a precisar de óleo em todas juntas". Se dói, sim dói, mas acaba a aula e parece que tiras 20 quilos de cima dos teus ombros.


Depois da aula veio logo de seguida a meditação. E vou ser sincera, já só pensava em comida. Quando regressei do morfes ainda tive tempo de apanhar um grande abraço de 10 min com pessoas que não conhecia. O meu momento de meditação… Tão crescida que estou… Para os lados, claro.


Dito isto, aqui a comilona, foi comer antes e portanto quando a aula acabou era a hora do almoço. Logo, tive tempo de enquanto as pessoas almoçavam, de andar por ali pelo recinto a descobrir o que havia. Já tinha visto vários stands, Celeiro, Rituals, Maxima, Miele (para workshops), Goldnutrition, Tettley e SportZone. O Celeiro surpreendeu-me tanto pela banca do almoço entre 8,50 a 10 euros, como pelo o stand da degustação que davam cereais. O stand da Nestlé foi uma alternativa para quem não queria gastar dinheiro em almoço, davam iogurtes gregos com cereais e podiamos lá ir as vezes que quiséssemos. 

A alarve comeu uma Pita Greek Veggie na food market a 6 euros, mas grande. Fiquei satisfeita, mais as coisitas que ia experimentando.

Assisti a um Workshop com a Mafalda Martins e fiquei saber o que é o Kombucha (chá fermentado, quando mais frequento este mundo mais eu percebo que não percebo nada de comida saudável) fiquei com pena de não ter conseguido entrar na tenda da revista Maxima, limpezas de pele de borla…


Durante a tarde houve várias aulas de ioga em vários sítios para todo o gosto porque a ioga tem várias variantes..



Atividades no relvado como:

Yoga hula hoop


Aerial Yoga, pessoas penduradas em elásticos…


Yoga Medicine


Acroyoga, pessoas literalmente a girar sob os pés de alguém.



Sempre com aquela musiquinha de fundo muitas vezes ao vivo, o que torna tudo ainda mais leve, naquele ambiente claro.


Todo o tipo de pessoas, muita malta das corridas, mas muitos hipsters e pessoas que se tratam por você.

Kombucha foi sem dúvida a palavra que me ficou na cabeça, pelos vistos ajuda no emagrecimento… Pesquisem.


Adorei tudo e vim com vontade de continuar o trabalho. Uma vez por semana tentarei não faltar a uma aula de ioga.


Palavra do dia e sempre: Namastê


Agora ficam as fotos

Whenever you can do something new