Foi um ano em que provavelmente espontaneamente tomei decisões sem pensar muito.
Fiz um trail enorme logo no
início do ano que quando relembro alguns momentos ainda fico cansada. Ainda assim,
tenho saudades de correr ou andar na natureza. Tenho saudades daquela sensação
de liberdade, da rudeza da natureza dos “sobes e desces”, da lama, da dificuldade,
da luta mental, essencialmente daquela sensação de Superação. Voltarei sem
dúvida e inscrever-me-ei nestas dias para que não deixe passar a data.
Fui a Fátima, andei, andei, andei
durante 4 dias no meio de pessoas fantásticas que não conhecia, 4 dias a tomar
banho em pavilhões e a dormir em salões de igreja. A acordar muito cedo e a
deitar-me extenuada. Vim com fé no ser humano e com vontade de ir mais longe,
ou seja, estive mesmo em Peregrinação na minha busca de algo e vi Santiago de
Compostela por um canudo.
Não será em 2019, mas está na minha lista.
O primeiro ciclo acabou para a
minha mais que tudo. E fomos de férias ao Algarve uma semana, eu e ela, foi sem
dúvida um parar, respirar e aproveitar o momento. Vivemos num época em que tudo
é alucinante, tudo muito veloz… Não me lembro de aos dez anos ter uma vida tão
intensa como a minha filha. É verdade que a minha mãe não tinha tempo nem
grandes posses para isso, mas lembro-me de passear com a minha mãe em Belém e
quero ter esses momentos com a minha filha, quero que fiquem gravados na sua
cabeçinha para todo o sempre, quero que se recorde dos tempos em que ia com a
mãe passear e comer um gelado do Santini...
Fui a Roma e amei como vos
descrevi no post da semana passada. Mais palavras para quê? Foi sem dúvida o
meu acontecimento de 2018. Amei e quem não leu fica aqui o link
https://beu77.blogspot.com/2018/12/vivi-grande-e-italiana.html
Voltei de coração aberto, cheio e
cheia em quilitos.
Fui a um evento de ioga, o
Wanderlust, e senti-me enferrujada e
gorda, senti que preciso daquilo na minha vida.
Inscrevi-me no ginásio, uma vez
que não andei muito virada para corridas e foi todo um novo mundo, desde de
marcar aulas online, voltar ao Body Combat, ao RPM, descobrir outras
modalidades igualmente extenuantes, mas malta, ir ao ginásio ou correr é para mim “desanuviar” é a
minha terapia, o meu IOGA .
Fui ao evento Open Mag, trouxe um
saco cheios de produtos de beleza para a cara… Ainda lá estão...
Claro que há em mim uma
dualidade… Ok, não tem que ser excelente, mas tem que trabalhar, tem que me
mostrar que está a trabalhar, porque na vida temos que nos esforçar. Temos que
dar o nosso melhor. Contra mim falo… Mas ela não sabe disso e nem tem que
saber… Apenas quero que dê o seu melhor. Todos os dias o digo para que não se
esqueça, se ouve não sei… Sei que o digo vezes sem conta, algum dia há de lá
ficar.
E tem sido uma experiência tão
boa… É todo um novo mundo já me descrito antes e já me tinham tentado fazer
perceber, mas chegar a casa e ter aquele pequeno ser na porta da rua à minha
espera enche-me o coração. Dizem que os gatos não ligam aos seus donos, que são
independents e que são maus… Eu sei que tive sorte, mas há muitos
preconceitos quanto a esta raça. Devo
dizer que a minha gata pede-me festas, quando estou no sofá vem ronronar para o
meu colo e lá fica até adormecer… E escolhe-me a mim para dormir em cima de…
Podia ser aquela que a ama muito e que me chateou para ter um gato, contudo é
em mim que adormece. E como adoro, custa-me um bocadinho deixá-la de manhã
quando fica à janela a ver a rua, é para mim, a minha segunda Dona.
Fico preocupada se come, se roi alguma coisa que não devia, se habitua-se à
nova areia ou se tem dores porque foi esterelizada.
Eu, a menina q"ueque" que nunca
teve um animal, que imaginava cócós e ficava angustiada… Realmente tenho
crescido. Calma, sei que ainda tenho um longo caminho, mas para quem vai fazer
os 42… Não está mal.
Falando em descobertas, começei a
ter aulas de salsa. O que começou por ser meio morninho acabou por me
surpreender. É claro que quando a professora com aquele fantástico corpo que
tem nos manda rebolar, eu imagino que eu sou o tal elefante a rodar o rabo
enquanto que ela uma primadona. Dançar alivia a alma e naquela hora
esqueço tudo a não ser que a pirralha me
ligue a perguntar se pode ficar na escola na hora do almoço… No meio da aula de
salsa...
Acabo o ano a ir dar sangue pela
quarta vez. E não digo isto para me vanglorizar, digo isto poque nesta última
década tentei dar sangue várias vezes e nunca consegui. Mudei ligeiramente a
alimentação e este ano lá consegui Fiquei tão feliz por poder participar. Por
poder de algum modo ajudar. Também venho de coração cheio quando de lá saiu.
Dar! Sempre que puder e se puder, estarei lá.
Mantermo-nos
curiosos, com vontade de aprender e de conhecer é o caminho da jovialidade e da
felicidade!
Sem comentários:
Enviar um comentário