quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Black Friday

Tanta coisa para dizer sobre o black Friday tuga, que nem sei por onde  começar sem insultar a comunidade tuga no seu geral.
Comecemos então por uma breve explicação sobre o que é realmente o black Friday
O  Black Friday (Sexta-feira Negra, em inglês). Há vestígios de que a denominação surgiu no início dos anos 90 na Filadélfia quando a polícia local, chamava de Black Friday o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças. Havia sempre muitas pessoas e congestionamentos enormes, já que a data abria o período de compras para o natalsignificativas promoções em muitas lojas retalhistas e grandes armazéns.
Entretanto o que se passa por  terras Tugas:
O meu email começou a ser bombardeado uma semana antes,  a anunciar o dia fatidico com grandes promoções! Uau! Começo a verificar a tais promoções e como sou uma “corredorzinha” amadora lá vou em busca de sapatilhas. Há giras e tal, sim, menos 20 a 30 %, uau, quando clico para comprar, qual o meu espanto qual quê, que ou não tem o meu tamanho, ou se tem o meu tamanho é de côr verde alface, eu ainda não estou preparada para correr com sapatilhas cor de alface, mesmo que estejam a um grande preço.
Isto aconteceu-me com as sapatilhas, com os vestidos, com uns calções de compressão para correr e em tudo o que eu clicava,  isto , on line. Logo aqui o meu lado mais negro começa a desabrochar. Nem um livro para a minha filha se acho, aquele livro que ela quer. Pergunto á hipster de serviço, minha asa direita, como vai a busca dos tenis hipster que tanto cobiça, fico descansada porque se para a Hispter está a ser uma tarefa complicada é porque é mesmo mau.
Alguns centros comerciais começam a anunciar abertura de lojas ás nove da manhã. Pessoal é assim: Eu trabalho ok? Para estar ali, ás nove da manhã, ou tiro um dia de férias ou finjo uma dôr de barriga para não ir trabalhar, como não sou consumista a este ponto as duas opções estão fora de questão. Aqui começo a pensar: mas e se eu fôr á noite o que vou encontrar? Restos? Pessoas idiotas que atiram tudo para o chão e que quase nos arrancam as coisas da mão? Ou pessoas que nos empurram e pisam só para chegar áquele artigo ? Eh pá Não!
Bom invarialmente acabei por ir no fim semana ao centro comercial. E o Black Friday continuou,  sexta, sábado e domingo. O Black Friday chama-se  Black Friday, Friday de sexta –feira! Caramba! Tudo histérico tudo com saquinhos na mão, eu acho que vão comprar umas cuequinhas e pronto sacos e sacos de cuecas de várias lojas mas o que interessa é ter sacos na mão.
Entrei na Foreva porque Mini B precisa de umas botas e constato que realmente ali estão a fazer descontos, mas a refilona da minha filha não gosta de  nenhums e também ao olhar para um botins a 10€ fiquei a modos que desconfiada.
Entro na Zara, loja eleição da minha filha á procura de uns calções, nada não havia nada. Botas giras mas como eram pretas não as quis trazer. Ai dai-me paciência! Entramos na seaside e sabem aquele personagem da idade do gelo que anda sempre á procura da bolota? É a minha filha quando vai ás compras, tem 9 anos! “Gosto tanto daquelas botas bordeux” diz-me ela,- os meus olhos batiam palminhas, -“tem o 35?” O rapaz responde:  “35 já não é neste sector!” Oi? Não pode ser! O rapaz: “Tem que ir ali ás senhoras!” Caramba foi vê-la voar para os botins de camurça toda contente. Claro que quando experimentámos o 35 estavam muito grandes então lá tive a brilhante ideia de voltar ao sector criança e pedir o 34. Voilá serviram! Começou logo a pensar nas calças pretas e camisola bordeux para o conjunto de segunda. A minha pequena fashion adviser!  Saí dali a correr para não mais voltar naquele dia.
Voltei ao Dolce no Domingo, eu não estava bem confesso! Mas o senhor lá de casa precisava de uma calças e lá fomos á Zara. Sem a criança, tive tempo para olhar com olhos de ver, e promoções na Zara, se havia alguma coisa  e não vi nada a meu gosto.
O que me saltou á vista que não entrei com medo de me “perder” foi na Kiko comprava-se 3 levavas outros 3.
De resto não percebo, não percebo as pessoas que vão para as compras e não saberem qual o preço real dos items antes das ditas promoções. Camisolas que antes eram 30 euros e que no Black Friday ou weekend, estão a 40 euros para a promoção chegar aos tais 30! Porquê?
Porque é moda “ir ao black Friday”? è mesmo? ou é uma parolice? Ok se me disserem vi uma playstation a metade do preço, ceu compreendo! De resto não percebo este consumismo parvo em que as pessoas parecem loucas a entrar e sair de lojas parece um especie de pré Natal já antever a estupidez que do mesmo histerismo numa grande dimensão que são as compras de Natal!

Haja paciência!


terça-feira, 28 de novembro de 2017

Be U dietas e mesoterapia!

Na sexta feira passada, enquanto estava tudo louco com o Black Friday (qual idiotice qual quê), passei por uma clínica que na porta inúmera os seus serviços.
Entrei para conhecer o estabelecimento, e por coincidência a clínica pertence a  uma mãe de uma colega da Mini B. No meio do histerismo das crianças e da própria senhora, a clínica  foi-me apresentada, sala a sala, até que chegamos à sala da mesoterapia.
E eu toda contentinha perguntei “ah fazem meso com agulhas?”, a senhora muito assertiva diz: “fazemos mesoterapia, mas com pistolas, as esteticistas é que fazem com agulhas, nós médicos, agora fazemos com pistola, que é muito mais eficaz”.
Este episódio fez-me recuar uns 12 anos atrás. No princípio do meu casamento, tinha voltado de lua de mel com uns bons quilos a mais e precisava de os abater. A minha amiga e sempre companheira destas andanças, recomendou-me o Dr. Pierre de uma  clínica XPTO, ali para os lados do Saldanha, apenas com a indicação que era um nutricionista muito bom.
Chegada lá, o Dr. Pierre era muito simpático, com um ar bastante saudável e com aquele sotaque fancês. Como acontece nas consultas de nutricionismo, pesou-me, falou comigo, perguntou o que gosto de comer e passou um plano alimentar de acordo com a referida consulta. E pronto, ficaria por aqui não fosse o senhor pedir para me despir para passar à sessão de mesoterapia. Fiquei só com o soutien e cueca. Que fique bem assente, eu não tenho cá pudismos, o meu constrangimento foi só e apenas devido ao facto que tinha uma tanguinha quase fio dental que ainda por cima estava do avesso, sim pessoal, do avesso. Imaginem o meu ar a pensar, “oi?”. Só me lembrava da minha mãe a dizer “por baixo tens que estar sempre impec, porque nunca se sabe”... Pois, agora sabia e não cabia em mim de tamanha vergonha. Deito-me na marquesa e o Dr . Pierre começa a explicar o que vai fazer com a agulha e se sou tolerante à dor, eu “comece por favor”.
Para quem não sabe, passo a explicar muito resumidamente o que é a mesoterapia:

“Trata-se de uma técnica minimamente invasiva que consiste na aplicação de microinjeções ao nível intradérmico. As substâncias injetadas diferem de acordo com o objetivo e, no campo da estética, geralmente são de origem natural. Esta técnica tem efeitos eficazes – exigindo cerca de dez sessões – na redução do volume do corpo e da celulite, pois as microinjeções intradérmicas estimulam a microcirculação e a drenagem linfática.

Bom, posto esta pequena explicação,  o doutor começa as injeções, ali à flor da pele, qual sessão de tortura qual quê, eram pequenas picadas na barriga, no estomâgo, nos braços, nas coxas e no rabo. E com aquela dor, porque dói e dói muito, só pensava na porcaria das cuecas do avesso. Começei a transpirar, frio, calor, ria para mim mesma, que bela figura. E o Doutor que obviamente já deve ter visto coisas bem piores, muito calmo a aplicar as suas injecções. Não sei precisar quantos minutos foram daquilo, penso que dez minutos, mas quando acabou, eu estava a transpirar de tal maneira que o papel da marquesa ficou todo molhado, mais uma vez, que vergonha. Entretanto ele lá dizia “foi muito corajosa, muitas pesssoas gritam de dor”, eu só pensei, eu gritei de vergonha mesmo! Vesti-me rapidamente, reparando que tinha a pele impolada, mas isso era o mínimo.
Saí de lá com grandes recomendações, para beber muita água, seguir a dieta à risca e voltar daí a 15 dias para uma nova sessão.
Claro que a primeira coisa que fiz foi ligar para a minha amiga e contar-lhe o meu episódio, que até hoje nos rimos cada vez que o recordamos.
Se voltei lá? Sim! Voltei, porque com a dieta, o exercício e a água começei a notar os efeitos no corpo. Cada sessão de agulhas era como uma redifinição corporal, tudo a tomar a sua forma. Deixei de ir, uma vez que as sessões eram quinzenais e custavam-me balurdios, mas se voltava a fazer? Sim, voltava, ainda por cima agora que é com “pistolas”, nada pode ser pior que a agulha.
Não é recomendável a quem é sensível à dor, mas quando estamos determinados, tudo é relativo.
Este foi um dos episódios das minhas andanças loucas na luta contra o peso.


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A minha mãe e o Tito Paris

No fim de semana passado, levei a minha mãe a ver o seu querido amigo Tito Paris. O concerto foi no Coliseu dos Recreios. Eu já lá tinha estado, noutros concertos, na plateia, de pé, mas desta vez , fiquei no balcão, mesmo em frente ao palco (quem quiser a referência para outros eventos, a porta 5 é a melhor). A minha mãe ia na esperança de também encontrar as suas amigas para cochichar e rir-se, porque independentemente dos seus 64 anos, quando está com a sua geração, parece uma adolescente, riem-se e boquinhas umas para as outras meio discretas, meio à descarada. Qual foi o seu espanto quando chegámos ao Coliseu ao constatar que a minoria eram os pretos, o coliseu esgotado, na sua grande maioria de brancos. O ar de pasmo dela fez-me rir, porque estava genuinamente surpreendida. Não tinha ainda percebido que o seu amigo é de todos e não só dos cabo verdianos.
Eu cresci a ouvir Tito, cresci a ouvir os suspiros da minha mãe quando lhe dava saudades da Terra ao ouvir Tito Paris, o seu famoso CD MAR AZUL, e como são amigos, cruzei-me com este grande Senhor da música algumas vezes, sempre muito simples, simpático, humilde e com um sorriso na cara. Quando somos pequenos não damos valor à música dos nossos pais. É como emigrar e de repente temos saudades no nosso Fado quando na realidade nem ouvias Amália.
Tito Paris é uma pessoa afável, fazendo questão de salientar que,  além de orgulhosamente ser de Cabo Verde, também é um Lisboeta de coração, vai interagindo com a sala, sempre levando o público a “estar” com ele, mencionando e contando “estórias” dos seus amigos músicos de toda a Lusofonia. Apresenta mais uma vez, o seu filho de 12 anos, magnífico violinista, que ainda deu uma perninha na bateria, qual génio musical qual quê.
Falava com o público como se estivesse na sua casa, na sala a cantar como se faz em Cabo Verde, sempre que chega alguém é uma festa, só faltou mesmo a cachupa. Além  da sua banda, tem a orquestra para dar aquele toque de saxofone e violino na música de Morabeza.
Emocionou a plateia, aquando da homenagem a Bana:  um vídeo com uma gravação do Bana já doente no Hospital a cantar com Tito, quase me vieram as lágrimas aos olhos e não é de todo a minha onda, mas estando a viúva na plateia, aquilo foi um momento único.

Com o passar dos anos vou apreciando cada vez mais os momentos com a minha mãe. Olho para ela e volto a ter nove anos, quando era muito apaixonada por aqueles cabelos vermelhos e pela cara cheia de sardas. Volto a reencontrar esse amor nos cabelos brancos que só agora aparecem, na sua jovialidade e força de vontade quando faz 10 km, é um exemplo. E é a minha Mãe!



terça-feira, 21 de novembro de 2017

Life at the office II

Voltemos então ao  quotidiano laboral para descrever mais alguns comportamentos  de pessoas “normais”, que de “normais” só mesmo o seu comportamento diário.
Poderia começar pela “Queen” que obviamente perde alguns momentos a estudar pessoas, não perdendo muito tempo pensando sobre qual a opinião dos “outros”  sobre si, mas não será neste post!

Assim sendo aqui vão mais algumas “personas”.

O cota que não é cota: este senhor por estar na casa dos quarenta, acha que é velho e que todos temos que ter aquele ar sério, porque estamos no escritório. Se for  09:01 da manhã, já estamos atrasados, se por casualidade nos atrasamos 10 minutos já nem vale a pena aparecer para trabalhar.
Já era assim quando tinha 30, e quando tiver 60 vai continuar assim. É temido pela sua rispidez  e tende a ser um tanto ou quanto controlador não tolerando galhofas. Pena, porque é bastante agradável à vista.

A cheerleader: esta moça sabe que é bonitinha e que faz algum sucesso no reino masculino.
Tenta dar aquele ar de “apesar da minha aparência, eu sou inteligente e profissional”, que até é. Quer aparentar que  mentalmente é bastante adulta, e quando se ri, não lhe sai uma gargalhada genuína, mas sim um misto de “hahahah” com “uhuuhuh” não muito estridente, porque “há que manter a postura”. Tem uma “caixinha” para quem diz asneiras, WTF eu digo asneiras quando eu quiser! E não ! Não ponho moedas. Tem alguns seguidores, porque no fundo é “simpaticíssima”. Quando a cheerleader solta a franga em ambientes fora do escritório, é vê-la perder um pouco a postura, só um pouquinho.

O conde: ninguém percebe porque é que este senhor se levanta para vir trabalhar, parece aqueles aristocratas  que trabalham somente, porque um gajo tem que fazer alguma coisa na vida. Tem um ar pacholas, mas quando apanha pielas só queres é fugir de tão chato que fica. Chega cedo, é trabalhador e nas suas escapatórias ao cafézinho, está sempre agarrado aos vídeos do facebook ou youtube a rir-se.

O solteirão esquizofrénico que se acha bonzão: qual Richard Gere qual quê, não fosse baixinho, gordinho e desenxabido era de certeza um engatatão. Na cabeça desta personagem ele acha que é muito sedutor, fazendo sempre trocadilhos com olhares lascivos, lança o seu “charme”, sempre com um sorriso maroto no canto da boca, mas depois revela-se no café, quando diz: “desculpa, este é o único momento que tenho para mim”.

O senhor “ses”: esse sim mexe com a “Be U system” e não é de “ah e tal, borboletas na barriga”, é mais de dores de barriga. Nunca sabe de nada, não viu, nunca se lembra de um determinado assunto, “se isto,  se aquilo, preciso disto”. Diz que já trabalhou em variadíssimos locais, mas quando lhe perguntamos: “Onde?” Ele dá voltas e voltas, contornando sempre a questão. É capaz também de fazer 20 a 30 km para ir “àquela promoção do supermercado”, não há pachorra.

A insegura: Esta pessoa muito fofinha, está sempre com um sorriso na cara. Fala-se com ela e ri-se, perguntas “tudo bem?” e ri-se, perguntas “o que vais comer? e ri-se. Ao almoço, ri-se. Come sempre a fruta antes da refeição, ri-se, enfim... Não sabes, se lhe dás um estalo ou a sentas no colo e contas-lhe uma historinha de tão fofinha que é. Segue a cheerleader para todo o lado, fazendo uma parelha de arregalar os olhos, qual bibelôs qual quê. Não há como não gostar desta pessoa fofinha. Quando abana a cabeça parece um anúncio para cabelos da Loreal.

O Hooligan: adepto ferrenho de Benfica e vai a quase a todos os jogos, ficando estrategicamente perto da claque, cantando e gesticulando, dizendo impropérios a todos os jogadores em campo, do Benfica inclusivé. Veste sempre o seu casaco de penas para salientar o seu “caparro” e seja qual fôr a hora do jogo está sempre de óculos escuros. Não seria estranho, não fosse o senhor estar na casa do 50. Adicionando a esta pequena descrição juntamos vários factores dos quais não é muito bem visto, os quais passo a mencionar:
        Sempre que lê um email, fá-lo em voz alta;
        Envia um email e telefona logo a seguir a perguntar: “já viste o e-mail?”
        Quando telefonamos a perguntar qualquer coisa, ele responde muito senhor de si “Não viste o e-mail, enviado dia tal à hora tal?”;
        Atende o telemóvel e passeia pela sala com seu tom de voz bastante elevado, acho que pensa que está numa sala de máquinas e que tem que falar muito alto;
        Enquanto fala ao telefone, utiliza o dedo mindinho para tirar a cera dos ouvidos, aproveitando para olhar e cheirar a mesma;
        Sempre que vê uma mulher passar, utiliza os seus “super-poderes” e despe-a com os olhos;
        Tem tendência para uma colega em especial e sempre que se lhe dirige, coça os colhões ou aproveita para “os ajeitar”;
        Está sempre contra o Governo, seja ele qual for;
        Tem a célebre frase de “eu não tenho nada contra Homosexuais, mas era exterminá-los a todos”

Contudo tem algumas ferramentas sociais a seu favor:
        Conhecedor nato de toda a música entre os anos 70 e 90s;
        É um animador de festas, pois é um deslumbrante dançarino, com a desvantagem que transpira até a camisa ensopar;

To be continued ...






quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Ashley Graham!

De vez em quando vou dedicar/escrever posts sobre pessoas que admiro.
Hoje vou falar desta “grande” modelo dos nossos dias.
Para quem não sabe, Ashley Graham , 29 anos, norte-americana, já fez história ao tornar-se a primeira modelo “fora dos padrões”, ao posar de biquíni para a capa da edição de verão da revista “Sports Illustrated”. Depois disso, viu seu nome estampado nas principais publicações de moda do mundo. Com 5.6 milhões de seguidores no Instagram, ela é definitivamente a Mulher do Momento!

Quando se fala em modelo plus size, está-se a falar de modelos que não vestem o 34, estamos a falar de modelos com muita “chicha” e Ashley veste um orgulhoso 46.
Sigo esta modelo no instagram e sempre que vejo uma foto dela, causa sempre aquele impacto em mim: não sei se aplaudo, se lhe apalpo ou se digo impropérios de fazer corar a um senhor.
Adoro a sua confiança, a sua não vergonha ao mostrar a celulite e as suas formas redondas. 
Tem uma cara linda, um olhar penetrante e acho-a magnífica pela coragem ao gritar ao mundo: “sim, tenho curvas, sou linda, sim, sou modelo!”.

Lançou também a sua própria marca de fatos de banho com números e formatos para todos os tipos de corpos. 
É muito clara no seu discurso, muito “strong” e vocês já perceberam como eu gosto de pessoas fortes. Adoro!

Utiliza o seu actual estatuto para passar e/ou quebrar padrões de beleza e ajudando a transformar a auto-estima feminina. Ashley tem como missão principal disseminar que as miúdas, adolescentes e mulheres amem seus corpos como eles são:

"Não há muitas mulheres que falem sobre as suas imperfeições, como eu, e fico feliz por poder ser a voz que lhes diz que é normal ter celulite. Pensem e falem positivamente sobre os seus corpos e nunca se compararem a alguém". 
"Não há um tamanho certo ou errado. Todos temos constituições físicas diferentes e isso é uma coisa boa".
Para mim é uma Super Mulher and long live the Queen!

Para quem não a conhece, siga o instagram @theashleygraham. Ficam aqui algumas fotos:






Aceitemo-nos como somos e que tenhamos coragem para assumir o que somos!




terça-feira, 14 de novembro de 2017

Tu comandas!

Para vos situar no tempo, sim, tenho um relacionamento. E estou bem sim senhora, mas aqui a “je”, antes de estar com o seu agora fofuchas, andou a “laurear a pevide”, depois de dois relacionamentos falhadissimos depois do divórcio.

Fartinha de relacionamentos demasiado intensos, resolvi aos 37 anos, que estava na hora de me apreciar. Ah e tal, não preciso de gajo nenhum para ser feliz e mais vale sozinha do que mal acompanhada. É verdade sim senhora! Foi toda uma transformação, um ganhar uma auto-estima de fazer o Sol ter vergonha. A partir do momento em que tens esta postura, tua vida muda.

Tens alguns encontros, sempre em mente, que não queres ter relacionamentos, que não precisas de um macho e é mesmo o grito da liberdade. SIM estou sozinha e gosto de estar sozinha, e não tenho de dar explicações a ninguém.
Aqui começa aprendizagem, a descoberta sobre ti mesma, a noção de que tu comandas mesmo.

A tua vida à distância de um click. Tu dizes sim, tu dizes não, tu dizes “eh pá foi bom, mas não estou mesmo virada para relacionamentos…”.

Imaginem uma sociedade em que a mulher tem o mesmo comportamento sexual que um homem...Será possível? Será assim tão descabido? 
Para a grande maioria das pessoas é feio. As mulheres são as primeiras a apontar o dedo "Aiii que horror" e os homens, bem os homens, "mulheres destas não são para casar!".

Pois minhas amigas e amigos, todos devíamos passar por esta experiência, derrubas muitos preconceitos, que te são pré incutidos uma vida inteira. A tua postura muda, tu é que sabes, mais confiante e aprendes a avaliar o ser humano. Conheces pessoas incríveis se saíres da tua caixinha, da tua bolhinha e não é preciso estar-se desesperada para se fazer isto, como ouvi uma totó dizer. É preciso ter-se mente aberta.

Eu estava numa fase de “me, myself and I” e foi uma fase fantástica… Serviu para abrir o meu coração ao mundo, serviu para sarar feridas antigas, serviu para EU, me afirmar como mulher, serviu para a minha auto-confiança transbordar e aceitar a vida tal como ela é.

Serviu para eu num dia, num almoço, conhecer um "branquelas” de olho azul quase água. Ele ao corar ali naquele primeiro encontro e deixar-me levar por aquele que agora é o meu companheiro.






quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Be U e o Ginásio

Sabem aquelas meninas todas coquetes que vão ao ginásio com a roupinha a fazer pandan? Calçinha, topinho, rabo de cavalo perfeito, cheirosinhas, corpinho todo trabalhadinho? Eu não faço parte desse clube… Uma introdução para que percebam a minha dor.
Frequento ginásios há muitos anos, comecei no step, quando o step ainda era novidade... Foi completamente ultrapassado pelo body step… Depois passei pelo body combat, também ainda ninguém sabia o que era isto. Esta modalidade foi a única que me fez comprar o “outfit” para sentir-me dentro da cena, era as calças tipo tropa ou com uma risca de lado que dizia body combat, era o body de alças para se ver bem os braços definidos e depois as ligaduras para passar nas mãos. Qual boxer qual quê? Isto tudo com a coreografia ao som de "I'm a survivor" das Destiny Child, tinha vinte e poucos anitos e gostava mesmo daquilo.
Coincidentemente ou não, o ambiente dos ginásios é quase igual ao nosso ambiente de trabalho: começas timidamente, depois já te relacionas com pessoas e a certa altura já estás introsada com aquela malta que anda como uma matilha, BFFs , cafés, convenções, alguém envolve-se com alguém, jantares… “Ah e tal, hoje não posso porque vou jantar com a malta do ginásio.”... Eu fiz parte desse grupo, mas como é obvio, tudo o que é demais enjoa, de repente começas a embirrar com uma ou outra pessoa, não estás virada para cafés ou jantares e aquelas pessoas começam também a pôr-te de lado...
Um dia, muito depois do ritual do enamoramento, num sábado de manhã, estava a sala cheia e eis que chega a Miss G.I. Jane (chamava-se assim porque era militar, alta magrinha e treinava como a Demy Moore no referido filme), eu confesso que já andava com ela atravessada,  chega em cima da hora da aula e a menina resolveu pôr-se à minha frente numa sala atolada de gente parva, sem ser eu e a minha amiga, claro. Aqui a "je" passou-se e sem modos nenhuns, tocou na senhora, consideravelmente uns 20 centimetros mais alta que eu e disse-lhe: "olha, quem chega atrasada vai lá para trás"... A sala ficou estupidamente em silêncio, a G.I. Jane engoliu o garfo e foi lá para trás.  E a prof. que também fazia parte da matilha, seguiu com a aula… Isto podia ter acabado aqui, mas não… A aula acaba, vou para o balneário, começo a despir-me e a comentar com a minha amiga o que se tinha passado, quando chega a G.I. Jane, e imaginem a cena: moi meme, semi nua, no bate boca com a outra até que ela resolve empunhar a mão ao qual lhe respondo, “olha, é já como se tivesses batido portanto queres, avança!”. Eu com o meu metro e sessenta e ela, militar, com mais 20 cm. Ela lá deve ter pensado que com os malucos não se brincam e largou o "osso". Posto isto as confraternizaçoes acabaram-se, mas continuo a frequentar ginásios porque gosto das aulas e porque faz-me bem fisicamente. 

O ginásio que  actualmente frequento está dividido por várias fações:
os musculados, que passam ali horas a ver quem consegue com mais peso, quase que parece uma selva de gorilas a bater no peito, de vez em quando param e eis as olhadelas para os rabos de todas as mulheres que passam por ali;
as coquetes, que de vez em quando passam pelos musculados, qual ritual de acasalamento qual quê;
os passadeira people, que se subdividem em três grupos: os corredores; os que estão a passear e o que estão quase a morrer na passadeira. Bufam, soltam uns sons parecidos com um burro, suam que nem uns cavalos e correm, andam, correm, andam...Enfim fico cansada só de olhar.

As pessoas que fazem parte da matilha, normalmente, frequentam as aulas de grupo: as coquetes ficam à frente, porque já conhecem o esquema todo e são amigas da professora, com um ar muito cool e fresco de “aii meu Deus, estou  aqui à frente”
O resto fica para trás a tentar fazer a aula e tentar manter o foco.

Já tenho alguma experiência para  entrar muda e sair calada, se alguém mete conversa é responder algo muito superfulo e olhar para o lado. Faço os possíveis para tomar banho em casa, nas máquinas só peço ajuda aos professores, etc., etc.
Não invalida que de vez em quando ainda tenha alguns episódios: como estar a fazer a aula de bike e sentir o suor de outra pessoa no teu braço; quereres aquela máquina e estar ocupada; perguntares se estão a usar e respondem que sim, quando na verdade estão a descansar na dita; teres o dono do ginásio a falar contigo e não perceberes nada do que diz, porque parece que tem pão na boca; sentires saudades da tua amiga, porque ela sim, faz-te falta nestas andanças, para rir e cochichar.










terça-feira, 7 de novembro de 2017

Mini Me!

Aos dois anos a minha filha disse-me com o  seu já palavreado muito acentuado que não queria que eu lhe vestisse umas calças. E eu podia ter dito: “não fofinha, tu fazes aquilo que eu quero”, mas não o fiz. A partir desse dia nunca mais lhe vesti o que eu queria, mudei o varão do armário para que lhe ficasse mais à mão e as gavetas estão arrumadas de acordo para que ela possa escolher o que ela quiser levar.
Às vezes, corre muito mal, bolas, riscas e desenhos, tudo misturado, mas são mais as vezes que corre bem de que o contrário. Isto deu-lhe a autonomia necessária para que hoje, com  9 anos, quando lhe mando vestir, não tenho que me preocupar, porque sei que normalmente será uma escolha acertada.
Dor de cabeça é ir com ela às compras, nada lhe agrada, desde o mais caro ao mais barato, sapatos e ou sapatilhas, o pesadelo é o mesmo. Pode entender o comum mortal que a miúda é caprichosa, por acaso é muito, mas eu deixo-a escolher, porque inconscientemente ou até mesmo consciente, quero que saiba que é ela que sabe. E como muitas vezes lhe digo, que nunca deixe que ninguém lhe diga o que pode ou não fazer só porque a outra pessoa acha que ela é que está certa.
Pago a fatura bem cara, porque todos os dias é um desafio constante do: “eu quero” , “mas tu disseste”, “credo, não vou usar isso”, “não me apetece”. É uma criança indomável, cansativa, um ser imaturo, mas ao mesmo tempo adorável e a culpa é minha… Tanta belinha que me apetece dar-lhe, tanta...
O que quero dizer com isto é, que cresça com a auto-estima com que sai hoje de casa, com a cara pintada e com sombras nos olhos que eu nunca sonharia em mim. Que não se deixe influenciar por um ou outro amigo/a, que não seja submissa com o namorado ou namorada, que saia como lhe apeteça e não como os outros esperam.
Tem a coroa invisível, não quer saber se gostam ou não de como está vestida ou como está pintada. É uma força da Natureza.
Compreende que as pessoas não são todas iguais, que  homens podem gostar de homens e que mulheres podem gostar de mulheres, este é o ponto de partida, também para aceitar outras coisas mais complexas. Sabe reconhecer a amiga que a defendeu, mantendo-se estoicamente ao seu lado mesmo que socialmente a prejudique. Sabe que se um dia chegar a casa e contar-me que não ajudou um amigo/a no recreio que vou ficar triste com ela, assim como sabe que eu sairia de casa pronta a dar cacetadas a quem lhe fez mal.
Ensinei-a a andar de bicicleta, a andar de patins, pu-la na natação e sempre que me diz que quer experimentar desportivamente algo novo, se eu puder e se estiver ao meu alcance fa-lo-ei. Ensinei-a que ser menina não invalida que não faça a mesma coisa que os meninos.
Se quisesse podia ser jogadora da bola, facto muito improvável, porque é um horror em tudo o que se relaciona com futebol e ténis. Desconfio que não tem mesmo jeito para atividades desportivas com bolas, não é mesmo a onda dela. Tanto brinca com meninos como com meninas. Nunca da minha boca ouviu “as meninas não fazem isso” e por isso fica sempre surpreendida quando ouve alguém dizer isto.
É uma educação completamente diferente da minha, primeiro, porque não ousaria dizer não à minha mãe, levaria uma berlaitada (só de lembrar ainda sinto a mãozinha na minha cara), segundo, a minha mãe não tinha as ferramentas que eu agora tenho, e terceiro, não tinha a disposição mental e física para estar comigo, trabalhava muito para me sustentar.

Tenho o desejo quase sufocante que a minha filha, nunca seja abusada, que nunca  seja abusadora, que não seja submissa e que nunca perca a sua personalidade desafiadora. Que seja sim, mais moderada que a mãe, menos intempestiva e menos “conflituosa”, que seja sempre livre, feliz e que saiba que pode contar sempre com a mãe!



"And even when it all becomes too much
When you're growing old and feeling out of touch
Listen to this song and just take care
And know that I will be there, yeah, I will be there
No, I swear that I will, yeah, I promise I will"








quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Dizem por aí que..

Dizem por aí que as pessoas que bebem café são potenciais psicopatas.
Tendo em conta as vezes que imagino, secretamente (ou não), como torturar pessoas das quais eu não gosto, o estudo, é no meu caso, quase, quase verdadeiro.
Ora vejamos situações em que tenho “espamos” assassinos:
Frases que me são diretamente dirigidas e/ou expressões que às vezes se ouvem por aí:

“Tens a mania!”. O “tens a mania”, causa em mim um misto de Bruce Lee e/ou um Hulk, tudo imaginativo, claro… O tens a mania é utilizado quando a pessoa não tem argumentos para o meu comportamento soberbo e/ou arrogante (tenho a noção de que às vezes sou insuportável), mas daí a utilizar este argumento, meus amigos, NÃO!

Sempre, mas sempre as mesmas perguntas, porquê que pessoas insistem regularmente em fazer as mesmas perguntas, tenho cara de post it?

Pessoa: É natural de onde?
Eu: Lisboa.
Pessoa: Não, não! As suas origens?
Eu: Quais? Africanas? Do tempo dos homosapiens? Porquê não perguntam: “os teus pais são de onde?”. Levariam menos suspiros ou menos sorrisos irónicos.

Pessoa: Já viste o tamanho do teu rabo?
Eu: Já sim, todos os dias, também sempre que vou às compras à ZARA, o espelho pergunta-me exatamente a mesma coisa, portanto não preciso que me façam sinais de luzes.

Pessoa: Mas se corres tanto, porquê não emagreces?
Eu: E tu, porque não te calas?

Pessoa: Deves comer às escondidas, porque a comer o que comes e a correr como corres eu já estaria um palito...
Eu: Vai lá praticar o sexo e deixa-me em paz!

Pessoa: Oh lindinha?!
Eu: Oi? Whati? Quanto oiço isto, invariavelmente a minha mente imagina: a pessoa com uma saia de varina, mãos à cintura e a gritar: “é cinco euro, é cinco euro!”

Pessoa: 40? Estás a ficar velha!
Eu: Como se os 40 fossem o inicio do fim, acho que é inveja pura da minha vitalidade, jovialidade e cenas.

Pessoa: Moras na Amadora, ui? Aquilo é muita mau!
Eu: É? Sim, mau tipo: bombas a cair ou tipo leprosos..For God Sake!

Pessoa: Ele no fundo é boa pessoa.
Eu: Claro, claro, o pai Natal existe, tal como o coelhinho da Páscoa e o senhor que matou a sogra, mulher e a filha até parecia uma pessoa normal, até pagava cafés.

Frases de Género:
- Vocês mulheres;
- Com as meninas é bem pior (sobre o perigos da adolescência);
- Estava a pedi-las;
- É gaja;
- Deve estar com o período;
- Ou vai lá que aquilo dá (sexualmente falando);

Quando oiço este tipo de coisas tenho várias imagens a passaram-me pelos olhos, qual expressão neutra qual quê, depende sempre do local onde estou.

Se estou no escritório apetece:
- Pôr laxantes na água dessa pessoa;
- Poiar nos sapatos dessa pessoa;
- Cuspir na água dessa pessoa se tiver copo (o que me faz pensar em lavar o meu depósito de água todos os dias, nunca se sabe os malucos que andam por aí);
- Agarrar na cabeça dessa pessoa e bater na parede inúmeras vezes

Se estou na rua apetece:
- Cuspir diretamente para a boca dessa pessoa;
- Pontapear na barriga vezes sem conta;
- Esmurrar vezes sem conta;
- etc;
Não esquecendo também a pessoa que nos atende sempre com palavras acabadas em “inha" como: batatinha, águinha, pratinho, faquinha, saladinha… Caramba, respondo sempre com um sorriso amarelo.

Não me interpretem mal, eu sou simpática, mas não há pachorra para PESSOAS!

Não sou uma pessoa com tato, tenho de respirar muito fundo e, ou viro as costas ou sai-me muito cocó pela boca. Um dia, eu vou conseguir mandar alguém à merda sem ela se aperceber, one day!







Christmas is coming!

O Natal está a chegar e com “ele” vm as festas de Natal, os jantares com as amigas , as correrias das compras,e tudo e o resto..que canseira. 
Qual desculpa qual quê para andar a ver já,  vestidos para certas ocasiões, ADORO. 
Então pesquisar online, na ASOS (que app maravilhosa de telemóvel) ui ui, um Mundo; ainda dizem que dinheiro não trás felicidade, que aldrabice, era eu ganhar o que o Melhor do Mundo ganha, e estava perdida de tão feliz. Começo a logo a imaginar o meu Closet de vestidos e invariavelmente o que vestir para cada  ocasião.
No jantar de Natal da empresa, tendo sempre a exagerar mais que as “outras” porque para “elas” é só um jantar da empresa ... Nop chicas!  Qualquer desculpa é boa para estrear um trapinho.
Não querendo ofuscar "mis companheras" encontrei uns fofinhos  para ocasiões diferentes, dois para um eventual Cocktail,  dois para O Jantar de Natal e/ou um Jantar qualquer , só porque sim!
Mis escolhas de agora (sim porque ainda falta algum tempo até lá), nota-se alguma tendência para o preto, porque como dizem "Preto Nunca Compromete".

Para um eventual Cocktail:
ASOS Wrap Front Midi Dress With Frill Detail: €51,35


Closet London | Closet Pencil Dress With Ruched Cap Sleeve: €67.57


Para um Jantar de Natal:

Boohoo Flare Sleeve Lace Insert dress € 33.78



Missguided Tall | Missguided Tall Lace €54.05


Para um Jantar só porque sim ou com as amigas ou mesmo para levar para o trabalho:

Closet London Pencil Dress With Ruched Cap Sleeve €50.00


Quem não puder "baixar" a app da Asos,sempre pode ir ao site e perder algum tempo.
http://www.asos.com