quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Histórias de vida!

Há aquele ditado que diz “um dia estás bem, no outro não estás”.
O filho da minha prima, com 24 anos, há dois anos teve um acidente de carro. Um jovem de 24 anos de 1.80 m ficou encarcerado no carro porque ia sentado atrás do condutor e a perna ficou encarcerada. Resultado, esteve no hospital seis meses com tratamentos para aqui e para ali, para depois no fim desses seis meses, dizerem-lhe que teriam que amputar a perna. Ele poderia ter ficado zangado, primeiro com o condutor que estava bêbado, depois com os médicos por não lhe terem dito logo e por último com ele mesmo, por ter entrado no carro do amigo. Contudo não, este jovem encararou a notícia com um “eu também não estava a sentir a perna, não estava lá a fazer nada”. A cirurgia correu bem e ele aceitou a prótese. Hoje em dia anda um pouquinho coxo e ainda faz fisioterapia. Podia andar de cabisbaixo, triste, desanimado, mas não. Cada vez que o vejo atira sempre uma das piadinhas “negras” que já o fazia antes, vive com a namorada e está bem com a vida. Reparem, ele passou seis meses internado no hospital com vários companheiros de quarto, cada um com a sua história de vida. Viu pessoas a entrar e a sair. Durante a noite deve ter ouvido coisas que não passam pela cabeça do comum mortal, pelo menos para mim que só estive internada dois dias e meio aquando do nascimento da minha filha, ou seja, uma realidade completamente diferente. Enquanto estava internado recebeu a notícia que o seu tio, mais irmão por afinidade devido à proximidade de idade, morreu. Morreu também devido a um acidente de carro, também não causado por ele, onde supostamente não lhe aconteceu nada, mas uns dias depois morreu. Recebeu a notícia tacitamente e acho que a única coisa que deve ter pensado foi em como ele teve sorte. Claro que também pensou na enorme tristeza da sua avó materna ao receber a morte do seu filho querido.
No início deste ano soube que a namorada de um colega meu foi fazer análises e diagnosticaram-lhe Leucemia. Esta pessoa corajosa de 24 anos, no dia dos namorados em vez de ficar triste e revoltada, escreve no Facebook o quanto está agradecida porque ao contrário do que dizem, “que na doença os amigos são poucos”, no caso dela tem sido uma revelação boa e que se sente agradecida com isso.
Eu não sei como reagiria se perdesse um membro meu, um filho ou se estivesse doente. Acho que neste último caso entraria em pânico e pensaria no que aconteceria à minha cria caso eu cá não estivesse… É uma das minhas fobias, morrer sem que a minha cria esteja “criada”.
Serve o presente texto para vos fazer o apelo serio, mas totalmente voluntário, ponderado e consciente para a doação de medula .
Durante muitos anos fiz os testes para dadora de sangue e nunca consegui por ter sempre a hemoglobina baixa. Este sábado, lá fui com aquele ar de pelo menos deixem-me tentar e os nivéis estavam bons! Quase chorei de alegria porque era algo que queria fazer há tanto tempo. Percebo que, como eu existem inúmeras pessoas que não possam dar por um ou outro motivo de saúde, mas aos que nada impede, pensem nisso uns bons minutos e se assim o decidirem deixo aqui uma pequena explicação da doação de medula óssea.
O que é feito:
Preenchimento de um questionário e caso reúna as condições necessárias para se tornar dador de medula óssea, é-lhe retirada uma pequena amostra de sangue.
Uma vez registado como potencial dador poderá ser chamado para salvar alguém até aos 55 anos de idade.
Para uma informação mais detalhada e esclarecedora deixo aqui o link onde também informa os locais de recolha:

Deixo os meus mantras não invulgares, todavia cada vez mais importantes para mim:
Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.
Ria-se muito e dê-se com pessoas que lhe façam rir.
Divirta-se a fazer algo novo, pode não ser todos os dias, mas pelo menos uma vez por semana/mês, divirta-se a descobrir sabores, cheiros, sons, olhares, tudo e tudo e tudo.
Viaje mesmo que as possibilidades sejam mínimas, se não dá para ir de avião, dá para ir até à praia.
Exercite-se, seja o que for nem que seja uma caminhada, mas mexa-se.
Coma bem, durma bem e “faça o amor” mais vezes, muitas vezes, não tem parceiro, arranje um/uma, ou mesmo sem, mas faça-o!

Nada disto invalida que não fiquemos doentes, mas pelo menos vivemos, um dia de cada vez, para quando um dia se estivermos doentes, nos lembremos das coisas boas.


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