Este mês faz três anos, que depois
de dois relacionamentos falhados após o divórcio, resolvi tomar as rédeas da
minha vida. Dos dois relacionamentos, um já vos falei, o que se casou com a ex
e um ano depois o outro que de tão intenso que foi, eu não conseguia respirar.
Por outras palavras, o que começou com um namorico e um “logo se vê”, um mês
depois já era amo-te, três meses depois já eram grandes dramas de “tu não me
ligas nenhuma e as tuas prioridades são todas menos eu”, que tinham alguma razão
de ser, confesso… Eu, perante uma pessoa amorosa, intensa e extremamente
apaixonada, deixei-me levar durante um ano. Na minha cabeça pensava, “eu nunca
vou ter uma pessoa que gosta tanto de mim como ele…”, mas quando não dá, não
dá. Não podes ficar com uma pessoa só porque ela ama-te muito e tu apenas
gostas. Também pensava no facto de eu ter uma criança altamente exigente e a
comunicação entre os dois ser rara, quase nula, e sei que no fundo ele
considerava-a uma menina mimada, que é. No entanto, quem está comigo tem que
amar a minha outra metade, tem que a aceitar tal como é e tentar de todas as
formas que essa criança a ame aos poucos. E eu não sentia isso, sentia que a
atenção dele era apenas e só para mim, se era o contrário, então não consegui
perceber isso... Ele era cobranças, era cenas demasiado emocionais e
dramáticas, porque há pessoas que quando amam, dão tudo, todos os segundos,
todos os minutos, todas as horas, todos os dias, todas as noites, independente
da idade. Eu não sentia o mesmo e depois de muitos “acabas e recomeças” lá
arranjei coragem para acabar de vez. E naquele momento soube que pior que
partirem-te o coração, é tu partires o coração de alguém, mas tinha de ser.
Posto o luto do relacionamento e com a minha assertividade quase que cruel em
não querer reatar, entrei em 2015 com novos objectivos, os mesmos de há três
anos para cá, divertir-me, estar com os meus familiares e amigos, e sobretudo
que para ser feliz eu não precisava de ter alguém ao meu lado. Queria aprender
a estar sozinha, a ser feliz comigo mesma, conhecer coisas novas, pessoas
novas, baixar todo o tipo de conceitos pré-concebidos. Um “reboot” à minha
vida.
To be continued...(isto é só para vos prender às cenas dos próximos capítulos)
"I'm feeling sexy and free
Like glitters raining on me"
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