terça-feira, 16 de janeiro de 2018

41 e sem juízo nenhum...

41 e sem juízo nenhum...
Be U está quase nos 41, para dizer a verdade é já amanhã.
Tenho para mim que a malta que faz anos em Janeiro é assim como “O Desbravador do Ano”. É o primeiro mês, depois da euforia do Natal e da Passagem do Ano. Também é malta rija, porque sendo um mês muito longo, sem feriados, frio e chuvoso, é malta que está habituada a receber poucas prendas, porque o pessoal estourou tudo no mês passado...Be U, relembra sempre os seus queridos amigos e familiares para que quando compram a prenda de Natal comprem a de aniversário também… O que às vezes não acontece.
Com quase 41, posso dizer que ainda não tive nenhuma crise de idade, a dos 40, e que na verdade este último ano, foi muito revelador, sem medos, sem inseguranças, falo claro, da minha pessoa, do “eu”, porque como mãe, as dúvidas são constantes, mas não falemos disso.
Este último ano, o dos 40, fez-me ver e sentir mais o "Agora", o "Hoje", no sentir o momento, sentir que agora sim, tenho vontade de ver tudo, viver tudo, já dizia uma personagem de uma telenovela, "cada segundo é um flash". Quero isto dizer que para além da minha filha, da vida íntima e familiar quero mais, quero continuar a correr e/ou a conquistar cada corrida, cada trail duro, porque ali no meio da natureza e da dureza encontro tempo para parar e olhar ao meu redor, quando depois de uma subida quando chego ofegante com os pulmões arder, quero e abro os braços como que a tentar agarrar aquilo tudo num só momento, subida após subida, sou livre, sou eu ali, a choninhas, a corajosa, a insegura, a incentivadora, a lutadora, a cobardolas, a palhacita, a destemida, a vitoriosa. Metaforicamente é assim que encaro a vida, caminhadas difíceis com momentos muito compensatórios, muitos "conseguiste", tu extenuaste, tu choraste, tu caíste, mas levantaste-te carago, mesmo sendo difícil, levanto-me todos os dias, tomo banho e saio para “encarar o boi de frente”.
Ao contrário de algumas pessoas com menos de 40 anos, não me sinto velha e não quero adoptar aquela postura de "aiii e tal, sou uma senhora e já não vou fazer aquilo ou fazer acolá” ou “aiii que horror, já não posso mostrar as pernas ou um decote...” ou então um “já não tenho idade para isso", pois bem, não ando a matar-me em corridas e trails para não mostrar as minhas pernas, muitas vezes com arranhões… É como se fosse um "statement" e na realidade quem dirige esse tipo de frase, a mim ou a qualquer outra pessoa é mal amado, não está bem consigo, é mesquinho e quer deitar abaixo, é o que chamo de “pessoa pequenina”.
Também ao contrário de algumas pessoas não encaro os jovens que entram na empresa como uma ameaça, mas sim "ar fresco", aprendizagem nova e galhofas, não quer isto dizer que só me dou com pitalhada, mas se nos propusermos a estar e a ouvir, podemos aprender com “eles”, ser tanto ou mais infantil e ficar admirada com a ingenuidade sincera de alguns...Gosto também de aprender com a geração da “velha guarda”, porque perto de determinados senhores, eu sou uma "menina".

A entrada nos 41 é a continuação dos 40, venham eles, com energia, alegria, risadas, provações, experimentações e também algumas lágrimas, porque embora sejam amargas, é com as lágrimas que aprendemos. Como diz uma querida colega “mai nova”, eu sou a minha própria Lifecoach, embora ficando lisonjeada com isso, eu sei que qualquer pode se-lo desde que nunca perca o seu “norte”, a sua pessoa, a sua identidade, a sua força interior. Para a frente é o caminho, sempre.




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