Tenho andado desaparecida, mas se bem se
recordam tenho uma Meia Maratona em Março, faltam menos de 20 dias. Tem sido
intenso.
Entre os meus trinta minutos de hora de almoço
no ginásio, as corridas no final do dia e ao fim-de-semana, não me tem restado
muito tempo.
Não é para me queixar, mas conciliar casa,
família, amigos, trabalho, dá muito trabalho. No fim, o que dá mesmo trabalho é
arranjar tempo para mim mesma. E lá está, a escrita ficou para segundo ou
terceiro plano, ou sei lá para que plano.
Desde Janeiro que ando em treinos intensos,
mas quem não me vê a algum tempo pensa “eh pah, ela deve estar com um corpaço
fantástico”. Não, nem por isso e esse também tem sido o meu desafio.
Sempre tive dificuldades em emagrecer, mas não
sei se é dos 43 anos ou se é o meu próprio corpo que me boicota, a verdade é
que vou religiosamente todas as semanas à balança e nada…
Meio quilo a menos numa semana, meio quilo a
mais na outra semana..
Deveras desconcertante. Se como as ditas
porcarias? Nem por isso.
Como é possível ter aumentado o exercício
físico e não se refletir na balança? Tento não pensar nisso, mas convenhamos é
impossivel não pensar nisso.
O meu plano de treinos:
Domingo: corrida
Segunda-feira: elíptica
Terça-feira: corrida
Quarta-feira: 30 minutos muitos intensos com o
PT
Quinta-feira: fit moves (espécie de cross fit)
Sexta-feira: corrida
Sábado: descanso
Eu acho que qualquer pessoa “normal” já
estaria fit sem qualquer regime alimentar, quanto mais com um.
Sabem, eu “sigo” muita gente atleta, saudável
e/ou fit no Instagram e sempre que subo à balança…
Quando fico mais em baixo, vou a página da
Kelly Roberts, jovem americana que adora correr meias maratonas e que em nada
se enquadra no look de corredora. Adoro, porque apesar de eu não comer o que
ela come (às vezes não é muito saudável), ela transmite sempre a mensagem que
não tem que ser esquelética para ser forte e correr. Só correr, ter foco,
sofrer e correr. E é nisto que me revejo. Sinto-me mais forte, corrida após
corrida, treino após treino. Embora comigo sinta que estou a dar “baby steps”.
Não é fácil, acordar todos os dias com as coxas doridas, com o corpo amassado.
Não é fácil querer correr mais rápido e sentir que vou devagar. Estou a
melhorar, mas a um ritmo de caracol.
O que ando a fazer para me distrair da
balança:
-
Meditação. Esta prática tem-me
ajudado a respirar e para quem era muito ceptica já consigo ir até aos 15
minutos. Sempre meditação guiada uma vez que ainda não estou no patamar de o
fazer.
-
Calma e organização em casa.
-
Parar para respirar!
-
Nunca esquecer o foco, não perder
o foco de vista que é a corrida, o ser melhor comigo mesma na corrida.
-
Ouvir os podcast de automotivação
No treino de domingo, saí de casa para fazer
19 km e durante o caminho resolvi ouvir o meu “guru” da motivação em que dizia
se é aquilo que queres não percas o teu objectivo de vista, acredita em ti e
faz acontecer. E lá fui muito cedo, muito cedo. Isto de ser num domingo muito
cedo, tipo sete da manhã às vezes é de loucos.
Confesso que houve momentos
difíceis. Temos que nos motivar constantemente e tentar não pensar só correr, mas é muito quilómetro para uma mulher não pensar.
Correr sozinha é uma montanha russa de emoções
e aos 17 km achei que não ia dar mais. Parei, respirei, parei o relógio e
durante um minuto olhei para o rio Tejo. Voltei a ligar o relógio e pensei,
"tens que fazer o que te compremeste a fazer antes de sair de casa".
E lá fui, corri mais 3 km. E no fim senti-me recompensada. Senti que tinha
feito o meu dever, que não me deixei ficar mal. Não desisti.
Claro que ajuda ter uns auriculares wireless
de longa duração e uma playlist em contastante updates para que isto tudo
aconteça...
Faltam 3 semanas até aos 21 km. Até lá ainda
tenho pela frente muito treino e muitos altos e baixos. Quando finalmente
chegar o dia, devagar ou um bocadinho menos depressa lá estarei, eu, comigo
mesma e mais uns milhares.
Até lá, bons treinos para todos.
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