quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Quando eu morrer…

Sabem aqueles momentos em nos pomos a pensar na morte e invariavelmente o assunto vai parar ao teu funenal, pelo menos na minha cabeça (eu ocupo a minha cabeça de coisas parvas)…

Bom dito isto, Só ,e apenas só gostava de morrer quando a minha cria ja tivesse criada tipo 40s, (eu a ser optimista), e morrer gloriosamente seja tipo a dormir ou a dançar nua num sitio qualquer e ter ataque cardiaco fulminante de felicidade; façam as contas eu tenho 31 anos de diferença da minha filha, portanto aquela minha imagem com 71 anos tudo caído em mim ..feliz mas tudo caído. Só de imaginar já me estou a rir.
Depois de receberam a noticia da minha morte perante um misto de perda e de risos, quero que os meus amigos comecem a pensar em todas as coisas embaraçosas que disse e fiz que lhes fizeram rir às lagrimas, e acreditem são umas quantas…
Para começar:
Serei cremada mas não quero ninguém de preto, de preto, só se for um fatito todo catita porque quem me conhece sabe que só apareço em festas bem aprumada e como tal na minha última festa quero todos aprumados…
Quero que algumas pessoas, as que me conheceram intimamente e não são muitas, se cheguem à frente nos discursos e comecem a contar algumas estórias, as engraçadas:
Aquele tempo em que andei dias e dias no ciclo preparatório com pedras dentro da mochila e não dei por isso.
Aquela em vez que em pleno ginásio no balneário ia se metendo em encrencas com uma G.I Jane.
Aquela pessoa que uma vez cumprimentou uma pessoa sem a conhecer pensando ser um primo em pleno comboio da linha de Sintra.
Aquele namorado que lhe dizia que tinha os olhos vermelhos do cansaço e afinal era da erva.
A vez que fui a um Nutricionista e em que foi picada com uma agulha e só pensava que tinha as cuecas do avesso.
Aquela vez que confundi a porta do restaurante e fui contra o vidro, num almoço de óculos escuros.
Aquela vez que saí com as gajas e apanhei tal bebedeira que confundi o piso da minha casa e meti a chave no segundo andar, eu morava no primeiro.
Aquela vez naquele jantar de empresa em que a bebedeira foi tal que fiz chichi numa praça publica porque estava muito aflita, andei a noite toda com uma garrafa de vinho tinto na mochila e não sabia.
Aquela vez em que conheci um homem no Tinder e quando o vi parecia o Zéze Camarinha, se pudesse tinha fugido e fugi assim que pude para nunca mais o ver.
Aquela vez que também conheci um homem no Tinder e ele do nada começa a falar em encontros numa cabana no meio do nada e eu olhava para ele e a cabeça dele parecia a cabeça de um parafuso…Fugi para nunca mais o ver.
Aquela pessoa que chamou o director de Recursos Humanos por Jorge quando o nome do dito cujo é Ricardo.
Aquela pessoa que ao telefone disse “..aquela cenaita” em vez de cena e ficou tão envergonhada que riu imenso e depois disse no mesmo telefonema “nunca mais usarei esta palavra” e assim o fez.
A esta altura já estará tudo a chorar de rir…era esse o objectivo.
Na cremação quero a musica ambiente “Coldplay” na saída da cremação soltem muitos balões de todas as cores, afinal de contas é a minha última festa.
E deixem algumas estórias para quando estiverem nos comes e bebes depois da cremação:
Aquela pessoa que disse a uma colega em plena cantina que estava com comichão porque os pêlos púbicos estavam a crescer.
Aquela pessoa que tinha muitas teorias das quais:
Que na maioria das vezes o mau humor da maioria das pessoas está relacionado com o sexo;
Que quem diz que o tamanho do pénis não é importante ou nunca experimentou ou está a mentir com todos os dentes;
Que quem não diz asneiras não sabe "fazer o amor";
Que mais vale não ter sexo do que mau sexo;
Que ninguém se sente bem gordo e quem diz “estou bem com o meu corpo”, mente também com todos os dentes.
Aquela que diz que o Darth Vader tem um romance às escondidas com o Chewbacca .."... Chewbacca I am your lover..."

Aquela que os amigos sabem que se é para que vão  sempre levar com a verdade nua e crua independentemente se querem ouvir ou não..mas podem incondicionalmente Sempre  contar com ela.

E no vosso momento? Já pensaram nisso? Contem-me tudo.

Aqui o que quero que se toque enquanto se soltem os balões:



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