quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O meu 2018: o resumo!

2018 não foi de todo como mentalmente tinha delinado em Dezembro de 2017.
Foi um ano em que provavelmente espontaneamente tomei decisões sem pensar muito.

Fiz um trail enorme logo no início do ano que quando relembro alguns momentos ainda fico cansada. Ainda assim, tenho saudades de correr ou andar na natureza. Tenho saudades daquela sensação de liberdade, da rudeza da natureza dos “sobes e desces”, da lama, da dificuldade, da luta mental, essencialmente daquela sensação de Superação. Voltarei sem dúvida e inscrever-me-ei nestas dias para que não deixe passar a data.

Fui a Fátima, andei, andei, andei durante 4 dias no meio de pessoas fantásticas que não conhecia, 4 dias a tomar banho em pavilhões e a dormir em salões de igreja. A acordar muito cedo e a deitar-me extenuada. Vim com fé no ser humano e com vontade de ir mais longe, ou seja, estive mesmo em Peregrinação na minha busca de algo e vi Santiago de Compostela por um canudo.
Não será em 2019, mas está na minha lista.

O primeiro ciclo acabou para a minha mais que tudo. E fomos de férias ao Algarve uma semana, eu e ela, foi sem dúvida um parar, respirar e aproveitar o momento. Vivemos num época em que tudo é alucinante, tudo muito veloz… Não me lembro de aos dez anos ter uma vida tão intensa como a minha filha. É verdade que a minha mãe não tinha tempo nem grandes posses para isso, mas lembro-me de passear com a minha mãe em Belém e quero ter esses momentos com a minha filha, quero que fiquem gravados na sua cabeçinha para todo o sempre, quero que se recorde dos tempos em que ia com a mãe passear e comer um gelado do Santini...

Fui a Roma e amei como vos descrevi no post da semana passada. Mais palavras para quê? Foi sem dúvida o meu acontecimento de 2018. Amei e quem não leu fica aqui o link
https://beu77.blogspot.com/2018/12/vivi-grande-e-italiana.html

Voltei de coração aberto, cheio e cheia em  quilitos.

Fui a um evento de ioga, o Wanderlust, e  senti-me enferrujada e gorda, senti que preciso daquilo na minha vida.

Inscrevi-me no ginásio, uma vez que não andei muito virada para corridas e foi todo um novo mundo, desde de marcar aulas online, voltar ao Body Combat, ao RPM, descobrir outras modalidades igualmente extenuantes, mas malta, ir ao ginásio ou correr é para mim “desanuviar” é a minha terapia, o meu IOGA .

Fui ao evento Open Mag, trouxe um saco cheios de produtos de beleza para a cara… Ainda lá estão...

 Preparada para o início do quinto ano da minha filha. Tentei anticipar o anticipável. É uma mudança realmente grande para uma criança, mesmo uma despachada como é a  minha. Comecei com muitas advertências, chateie-me pelo meio, voltei aos estudos. Foi um primeiro período cansativo que eu própria fazendo o balanço quando este chegou ao fim pensei :“Tens que refrear ou a miúda vai flipar”, até correu bem, mas admito que algumas vezes exagerei, gritei e descabelei sem necessidade… E só dava conta quando sentia aqueles olhos esbugalhados em mim do tipo “Passou-se...” e passei-me para quê? Ainda só está no quinto ano… Então vamos respirar e levar a coisa com mais calma até porque o próximo período é enorme e mentalmente não estou para isso.
Lá está, as notas até foram razoáveis, sem negativas. Não são excelentes, mas será mesmo isso importante?  O ser muito bom a tudo? Acho que não! E eu nunca fui aluna de bons como ela, fui uma aluna mediana.

Claro que há em mim uma dualidade… Ok, não tem que ser excelente, mas tem que trabalhar, tem que me mostrar que está a trabalhar, porque na vida temos que nos esforçar. Temos que dar o nosso melhor. Contra mim falo… Mas ela não sabe disso e nem tem que saber… Apenas quero que dê o seu melhor. Todos os dias o digo para que não se esqueça, se ouve não sei… Sei que o digo vezes sem conta, algum dia há de lá ficar.

 Adoptei uma gatinha, tinha um mês quando lá foi para casa. Nunca na minha vida tive gatos ou cães. A minha experiência passava apenas com pássaros que interagem, mas não é a mesma coisa. Escolhi um gato porque a minha filha ama gatos desde que é gente, vá-se lá saber porquê? Também não tenho que me levantar para o levar à rua, o que é óptimo.

E tem sido uma experiência tão boa… É todo um novo mundo já me descrito antes e já me tinham tentado fazer perceber, mas chegar a casa e ter aquele pequeno ser na porta da rua à minha espera enche-me o coração. Dizem que os gatos não ligam aos seus donos, que são independents e que são maus… Eu sei que tive sorte, mas há muitos preconceitos  quanto a esta raça. Devo dizer que a minha gata pede-me festas, quando estou no sofá vem ronronar para o meu colo e lá fica até adormecer… E escolhe-me a mim para dormir em cima de… Podia ser aquela que a ama muito e que me chateou para ter um gato, contudo é em mim que adormece. E como adoro, custa-me um bocadinho deixá-la de manhã quando fica à janela a ver a rua, é para mim, a minha segunda Dona. Fico preocupada se come, se roi alguma coisa que não devia, se habitua-se à nova areia ou se tem dores porque foi esterelizada.
Eu, a menina q"ueque" que nunca teve um animal, que imaginava cócós e ficava angustiada… Realmente tenho crescido. Calma, sei que ainda tenho um longo caminho, mas para quem vai fazer os 42… Não está mal.

Falando em descobertas, começei a ter aulas de salsa. O que começou por ser meio morninho acabou por me surpreender. É claro que quando a professora com aquele fantástico corpo que tem nos manda rebolar, eu imagino que eu sou o tal elefante a rodar o rabo enquanto que ela uma primadona. Dançar alivia a alma e naquela hora esqueço  tudo a não ser que a pirralha me ligue a perguntar se pode ficar na escola na hora do almoço… No meio da aula de salsa...

 Resumindo, foi um ano que quis e fiz algumas coisas novas. Quero continuar esta máxima, novo ano, nova aprendizagem. Se é coisa que aprendi em 2018 é que um dia estamos vivos e que amanhã podemos estar num hospital a fazer quimioterapia e talvez morrer.

Acabo o ano a ir dar sangue pela quarta vez. E não digo isto para me vanglorizar, digo isto poque nesta última década tentei dar sangue várias vezes e nunca consegui. Mudei ligeiramente a alimentação e este ano lá consegui Fiquei tão feliz por poder participar. Por poder de algum modo ajudar. Também venho de coração cheio quando de lá saiu. Dar! Sempre que puder e se puder, estarei lá.

Se eu sei o que vou fazer em 2019? Ainda não sei… Vou entrar com espírito aberto e logo vemos.

Mantermo-nos curiosos, com vontade de aprender e de conhecer é o caminho da jovialidade e da felicidade!

 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Vivi à grande e à italiana!

Em Agosto estive em Roma quinze dias. Sim, eu sei, foi no verão e não vos contei nada.
Amei tanto aquilo que durante algum tempo quis guardar aqueles momentos só para mim… Já lá vão uns meses e pronto, acho que próximo do fim do ano estou preparada para partilhar um pouquinho da minha viagem.

Fui com a minha filha e com os meus pais. Era já uma viagem nos planos da minha mãe, uma vez que temos lá família e era já tempo de fazer algo diferente.

Não consigo descrever tudo o que senti ao estar em Roma, poderei dizer que Roma esteve em mim.

Quando oiço pessoas a relatar ou a descrever Roma, penso que vivi aquilo de maneira diferente. Amei cada momento, cada rua, cada cor, cada gelado, cada ida ao centro e ia todos os dias a pedido da minha filha porque adorava ir ao centro para descobrir novas ruas.

Aquele ditado de todos os caminhos vão dar a Roma… Connosco era isso mesmo. Todos os dias apanhávamos o metro e em 10 minutos estávamos no centro da confusão, todos os dias descobríamos sítios diferentes, todos os dias nos apaixonávamos por aquela cidade. A minha filha é uma criança que na maior parte das vezes é chata, mas tem em si um espírito tão livre e tão curioso que não se importava de andar 10 a 20 km por dia. Contudo, eram quilómetros que só dávamos por eles no final do dia. Há pessoas que dizem “ah e tal, aquilo tem imensa gente e não consegues andar…” Eh pah, se queres sossego vais acampar, não vais para uma das cidades mais visitadas do Mundo.

O que mais me marcou foi definitivamente o Coliseu. . Estar ali a ouvir a guia relatar o que se passava, ver como eram inteligentes e que todos os filmes que vi daquela época estavam ali retratados. Amei, cada pedra e toda aquela envolvência. Na minha cabeça revia o César Augusto Marco António, e Cleópatra.

Sais do Coliseu e vais logo ao circo Máximo, onde se faziam as corridas, andas mais um bocadinho e vais parar a um sítio idílico que apaixonei-me, que voltarei sem dúvida, Trastevere, reparem na imagem em baixo, não tem nada a ver com o sítio em que estive há momentos… E por isso amei Roma... Cada lugar era uma descoberta que ficou-me gravada na minha alma. Há cidades que marcam, não conheço muitas, mas esta morrerei feliz por ter conhecido. Uma amiga escreveu-no no Instragam: “Cá para mim viveste aí numa outra vida” e não costumo ligar muito a este tipo de observações, mas aquilo pareceu-me tão verdade. Foi uma cidade que me adaptei tão facilmente: em dois dias conhecia a linha do metro toda, já sabia para onde ir, onde queria ir, nunca me senti “de fora”. Acho que os italianos estão tão habituados a gentes, que mais um, menos uma, tanto lhes faz. Comida, café, bebidas… Eh pah, se é cidade que adorei foi esta. Cidade que viveria era Roma. Sabem aquele filme “Comer, amar e orar”? Podes fazer tudo aqui, se não te importares de engordar consideravelmente... Demasiado glúten, demasiados gelados, não há quilómetros que compensem… Quando voltei parecia uma bolinha de berlim.

Voltarei a Roma para visitar outros sítios e revisitar sítios, e voltarei a Itália para visitar outras cidades com a certeza que irei sempre gostar.
 
 

 

 

 
 

 
 
Trastevere
 
 
 
 
 
 
 

"Wherever you go

becames a part of you

somehow!"

-Anita Desai