quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Como ir a Paris com a namorada e não a pedir em casamento?

Bom, há pouco tempo soube de uma história engraçada…
Um rapazito, não muito claro das ideias, foi a Paris de férias com a namorada.
Nós “gajas” temos um problema, ouvimos Paris+férias+namorado e secretamente começamos a imaginar num mega pedido de casamento em frente à Tour Eiffel.
 
Não fugindo do assunto, o rapaz lá foi com a sua namorada de longa data, com a qual já vive há algum tempo, passar uns dias agradáveis à cidade do amor! Vão passear pela cidade e obviamente a visita que impera é à Tour Eiffel. Ele em frente ao dito monumento, com fotos para aqui e para ali, olha para o chão e ajoelha-se, não para sacar do pedido, mas sim para apertar os tênis. Quando se levanta repara na cara de desilusão da rapariga e podem pressupôr como foram os restantes dias. Sei de fonte mais ou menos  segura que aquando do regresso a namorada ficou algumas semanas de cara fechada. Acho que o relacionamente sobreviveu, uma vez  que isto aconteceu no ano passado e soube que esta semana foram passar férias a Barcelona.
Será que ele aprendeu a lição e nunca mais usou sapatilhas com atacadores? Ou será que ela se resignou e sabe que se não foi em Paris não será em mais lado nenhum?
 
Calma pessoal, faltam-me visitar  algumas cidades da Europa e Paris é uma delas. Contudo, se eu fosse com o meu actual companheiro a Paris e em frente a este gigantesco monumento do romantismo e se ele pelo menos não soltasse um “Amo-te, ès a mulher da minha vida” ou até mesmo um “Queres casar comigo?”, também regressaria de cara fechada e talvez já não fosse passar férias com ele… Para sempre!
 
Rapazes, há várias maneiras de ir a Paris com a namorada e não a pedir em casamento, passo a citar:
Soltar um “Amo-te” em frente à Tour Eiffel, seguido de um beijo à filme.
 
Soltar um “És a mulher da minha vida” seguido de um beijo à filme.

Passar à frente do monumento, ver a fila descomunal e ser prático “Vá, tiramos uma foto e vamos ali partilhar um éclair de chocolate”.

Dizer que não tens grande interesse em visitar este monumento uma vez que o vês da janela e que preferes fazer uma caminhada pelas ruas da cidade e ver lojas.

Dizer “É tão cliché pedir alguém em casamento aqui”.

Dizer “Sabes o que faria este momento perfeito? (pequena pausa) Um croissant!

Dizer “Fecha os olhos” e desaparecer. Ir para o Hotel e desculpar que foste apanhado por um mar de gente e que não conseguiste voltar atrás. Agora estás tão traumatizado que nunca mais queres lá voltar!
 
Tenham isto em mente boys: NUNCA, mas NUNCA, se baixem para atar as sapatilhas, apanhar moedas, apanhar qualquer coisa, a não ser que ela tenha tropeçado, aí seria perfeito…
 
 

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Casados à Primeira Vista!

Venho por este meio dissertar sobre este assunto.
Sei que há pessoas que não farão ideia do que estou a falar ou porque não vêm televisão ou não gostam deste tipo de cenas ou têm alguns “problemas” com este tipo de programas:
 
Este verão vi primeiro a temporada 6 australiana que teve direito a traições entre casais e troca de casais, o drama de gostar de uma pessoa e essa pessoa nem sequer querer trocar um “olá” contigo. E um confronto entre duas mulheres por causa de um homem que até agora não percebo o encanto.
 
O que menos gostei foi do espanhol, pelo formato e mesmo pelas pessoas meias pãezinhos sem sal.
E era com grande espectativa que aguardava o português, se seria bimbão como o espanhol ou tentaria chegar ao nível “caliente” do Australiano.

Pois bem, superou as espectativas e gosto do  nosso formato. Gosto que tenham respeitado as diretrizes do formato original e sobretudo gosto de constatar que pessoas serão pessoas em qualquer parte do mundo.
O programa consiste em casar com uma pessoa que apenas e só iremos conhecer no dia do casamento. Ora se para uns é completamente descabido, para algumas religiões isto é corrente há séculos.

E gosto que nós os portugueses estejamos a tentar ser mais aventureiros nestes campos.
Se me perguntassem há 20 anos atrás do que eu achava da ideia de casar com um desconhecido diria que a ideia era completamente descabida, mas passados anos e de acordo com a experiência adquirida nesses mesmos anos, não descartaria a ideia, teria sim de ter coragem para encarar tudo e todos.

Tenho em mim várias opiniões que passo a descrever.
Pessoas poderão dizer “ah e tal, com tanta pessoa solteira por aí tinham mesmo que ir a um programa?”.Porque não?

        Porque são feitos testes conforme os nossos gostos e aí encontrado o nosso match.

        Porque não poupar trabalho, dinheiro e tempo quando tens pessoas a tratar disso por ti sem olhar a custos. Podes casar com o que queres, como queres e ainda vais para uma Lua de Mel, certo que por ti não escolhida, mas tens a hipótese de conhecer/fazer algo diferente.

Pessoas poderão dizer “ah e tal, mas vais casar com uma pessoa que não conheces, mais vale ir ao Tinder ou outra app parecida…”:

        Tinder ou uma outra app faz o match visual, o que vem depois disso é um chorrilho de palavras que tem como objectivo levar-te para a cama o mais rapidamente possível.

        Ah e tal, não a mesma coisa de  “engatar” uma pessoa num bar/dicoteca”, pois, a diferença é que na maior parte dos casos, no dia seguinte nunca mais vemos essa pessoa e aqui no programa até vamos de lua-de-mel.

Pessoas poderão dizer “ah e tal, já viste a exposição?”: pelo que vi a exposição vai até onde o concorrente quer e a meu ver por experiência própria, no dia do meu casamento “levei” com pessoas ditas familiares que nunca vi até ali e que nunca mais vi desde então.
Pessoas que acham que não se deve partilhar a cama na primeira noite:
1 - Quem entra neste ou qualquer programa semelhante já deve ir preparado para o que der e vier.

 2 - Pessoa que não quer partilhar a cama com um desconhecido:
-          nunca dormiu em Hostels;
-          nunca acampou;
-          nunca dormiu em pavilhões em sacos de cama com gente que não conhecia;

A não ser que a pessoa cheire mal de ir ao vómitos… É só uma cama ok!? Podem fazer uma barreira de almofadas, dormir com um pijama até a cabeça, algemar o parceiro para que tenha a certeza que não passa das marcas e/ou façam vigias, etc., etc., etc..
Quer dizer, de livre e espontânea vontade, estás disposta a casar com uma pessoa que não conheces, mas partilhar a cama, isso não? Não compreendo!

Dito isto não invalida que quando entramos num programa destes e até mesmo numa relação temos que ir com a cabeça “limpa”, com a mente aberta e dar uma oportunidade às circunstâncias.
É certo que há pessoas que se atiram logo de cabeça, que se entregam na totalidade com tanta paixão que sufoca, é certo.

A verdadeira questão é saber ultrapassar as adversidades e tentar conhecer a pessoa com quem deu match. Deixar ir, tentar relacionar, observar e constatar. Ok, esta pessoa não é o meu ideal, mas vou tentar ser simpática porque ambos estamos nisto pelo mesmo motivo:
Encontrar o amor das nossas vidas! E é isto que toda a pessoa quer independente dos seus gostos sexuais e até mesmo crença.
 
Claro que há pessoas incompatíveis, por mais que dê 60% de compatibilidade  se nos restantes 40% forem coisas realmente insuportáveis, de nada vale os 60%.

Acabo com uma ideia sobre mim mesma:
Se concorresse a este programa e visse no altar um homem alto, corpanzão e de olhos verdes, teria o senhor fracas hipóteses se:

-          abrisse a boca e dissesse “prontos, estamos casados”;

-          se ao comer parecesse um javardo de boca aberta e ainda coçasse os tintins durante  o copo de água;

-          se no copo de água dissesse “adoro funk e é isso que vamos dançar”;

-          se me dissesse “és boa como o milho”, peidava-se e tentava pôr as culpas em mim;

-          se nesta sucessão de eventos, ele no quarto de hotel dizer:  “então, pronta para conheceres o amor da tua vida” (indicando com o dedo para o seu orgão genital);

-          se de manhã começasse a falar comigo como se eu tivesse desperta há horas, aqui levaria um soco;

-          se no banho demorasse mais de 15 minutos;

-          se na ida para a Lua de Mel no avião apalpasse a assistente de bordo;

-          e todos os outros comportamentos repetidos na lua de Mel… Daria por mim a sufocá-lo com almofada;

Era só isto!