Venho por este meio falar de um problema que assola a grande maioria das pessoas. Quando os nossos amigos(as) “arranjam” namoradas(os) novas(os) e desaparecem do mapa..
Onde andam?
Dias infindáveis sem comunicações, não
sabemos como estão e o que fazem?
O ritual é sempre o mesmo: quando não têm ninguém , telefonam,
combinam cafés, sempre a tentar uma jantaradas ou noitadas, sempre com grande
companheirismo.
...Pronto, não o fazem por mal.
Este tipo de pessoa sofre de um grande mal, não consegue, não
suporta sequer a ideia de estar sozinho. Então, algum tempo depois,
apresentam-nos a namorada e inevitavelmente, passado meses, alguém pergunta:
“Então, tens visto o Pedro?” (nome fictício claro!), ao qual alguém
responde “Eh pah, não, desde que começou a namorar com a Joana…” .
Porquê?
Porquê que algumas pessoas quando estão apaixonadas se submetem ao
isolamento com a parelha? Vivem
intensamente aqueles momentos iniciais de paixão, de descoberta, não deixando
espaço para os outros.
Nós ficamos à espera pacificamente de que ao primeiro drama o
Pedro lá telefone com ares de “vou morrer de desgosto” e tu ouves e choras com
ele.. E dizes “vai passar...”. E passa,
até ao novo amor e volta o mesmo “modis operandi” .
Ou nos habituamos e aceitamos este tipo de pessoas ou não os
queremos nas nossas vidas!
Eu sei que o Pedro não faz por mal, mas podia muito bem sair da
sua redoma e pensar que nós, os amigos, vamos cá estar para o que der e o que
vier, já a Joana não sabemos...
Eu já namorei com um Pedro há uns anos e também
já fui um Pedro. Contudo, convenhamos, cresci e aprendi que na vida temos que
“arranjar” um tempinho para os nossos amigos. Um café, que seja, temos que
fazer um esforço. Não é só dizer ”qualquer dia combinamos um café”, não! É
combinar mesmo o café. Fazer o check in de vez em quando. À medida que vamos
“crescendo”, vamos tendo o trabalho, os filhos, os maridos, mas os amigos são
as pessoas que sabemos que podemos contar. Um dia o filho cresce, o
marido/namorado deixa de o ser e de estar na tua vida, o emprego não te
satisfaz ou é o mesmo de há anos. E tu o que tens? O Pedro foi-se embora e os
amigos também…
Claro que também há o contrário: a Patrícia
(nome fictício). Arranja um namorado novo e para não perder os seus amigos
inclui o namorado, o André, em todas as
suas saídas… O André tenta no início entrosar-se na esperança íntima que tudo
vai passar e que Patrícia vai acabar por querer estar só com ele. Não acha
piada a tanta confraternização e chega a fazer um ultimato ou eles ou eu…
Patrícia decide pelos seus amigos, mais vale uns bons amigos do que um André
que não se adapta.
Não faz mal apaixonar-mo-nos, não faz mal que durante um mês ou
dois, queiramos estar só com aquela paixão, não querer intrusos, mas depois há a
Vida, a socialização, muitas vezes temos mais afinidades com os nossos amigos
do que com familiares próximos.
Apelo: pessoas apaixonadas podem ter os dois mundos!
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