quinta-feira, 12 de julho de 2018

Quando os nossos amigos desaparecem...


Venho por este meio falar de um problema que assola a grande maioria das pessoas. Quando os nossos amigos(as) “arranjam” namoradas(os) novas(os) e desaparecem do mapa..  

Onde andam?  
Dias infindáveis sem comunicações, não sabemos como estão e o que fazem?  

O ritual é sempre o mesmo: quando não têm ninguém , telefonam, combinam cafés, sempre a tentar uma jantaradas ou noitadas, sempre com grande companheirismo.

...Pronto, não o fazem por mal.

Este tipo de pessoa sofre de um grande mal, não consegue, não suporta sequer a ideia de estar sozinho. Então, algum tempo depois, apresentam-nos a namorada e inevitavelmente, passado meses, alguém pergunta: “Então, tens visto o Pedro?” (nome fictício claro!),  ao qual alguém responde “Eh pah, não, desde que começou a namorar com a Joana…” .
Porquê?  

Porquê que algumas pessoas quando estão apaixonadas se submetem ao isolamento com a  parelha? Vivem intensamente aqueles momentos iniciais de paixão, de descoberta, não deixando espaço para os outros.

Nós ficamos à espera pacificamente de que ao primeiro drama o Pedro lá telefone com ares de “vou morrer de desgosto” e tu ouves e choras com ele..  E dizes “vai passar...”. E passa, até ao novo amor e volta o mesmo “modis operandi” .

Ou nos habituamos e aceitamos este tipo de pessoas ou não os queremos nas nossas vidas!  

Eu sei que o Pedro não faz por mal, mas podia muito bem sair da sua redoma e pensar que nós, os amigos, vamos cá estar para o que der e o que vier, já a Joana não sabemos...
Eu já namorei com um Pedro há uns anos e também já fui um Pedro. Contudo, convenhamos, cresci e aprendi que na vida temos que “arranjar” um tempinho para os nossos amigos. Um café, que seja, temos que fazer um esforço. Não é só dizer ”qualquer dia combinamos um café”, não! É combinar mesmo o café. Fazer o check in de vez em quando. À medida que vamos “crescendo”, vamos tendo o trabalho, os filhos, os maridos, mas os amigos são as pessoas que sabemos que podemos contar. Um dia o filho cresce, o marido/namorado deixa de o ser e de estar na tua vida, o emprego não te satisfaz ou é o mesmo de há anos. E tu o que tens? O Pedro foi-se embora e os amigos também…      

Claro que também há o contrário: a Patrícia (nome fictício). Arranja um namorado novo e para não perder os seus amigos inclui o namorado, o André,  em todas as suas saídas… O André tenta no início entrosar-se na esperança íntima que tudo vai passar e que Patrícia vai acabar por querer estar só com ele. Não acha piada a tanta confraternização e chega a fazer um ultimato ou eles ou eu… Patrícia decide pelos seus amigos, mais vale uns bons amigos do que um André que não se adapta.

Não faz mal apaixonar-mo-nos, não faz mal que durante um mês ou dois, queiramos estar só com aquela paixão, não querer intrusos, mas depois há a Vida, a socialização, muitas vezes temos mais afinidades com os nossos amigos do que com familiares próximos.
 
Apelo: pessoas apaixonadas podem ter os dois mundos!
#naosejampedrossejampatricias

 
 

 
 
 


 

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