A malta já começa a regressar aos seus postos de trabalho, os miúdos já estão na escola há um mês ou dois e, sei lá, a vida começa a voltar aos poucos à normalidade.
Aos poucos e com máscara, começamos a sair da anestesia em que estivemos alguns meses. E eu, por aqui por casa, mais contente por estar mais “solta”.
Perante este desconfinamento, observo, oiço, leio, tento manter a calma e não me deslumbrar com a pouca liberdade que temos.
Vamos todos fazer um pequeno exercício, parar para pensar no que fizemos ou vimos este ano, para além de ver notícias, de ficar pasmos e escandalizados com algumas coisas que ouvimos?
Ora vejamos:
Acordei e o Sporting é campeão!
O excelentíssimo Sr. Sócrates dançou o samba na nossa cara!
O Salgado vai dançar o “vira” na nossa cara!
O presidente do meu clube, Benfica, acha que dever uns milhões não é nada, porque vai pagar, não sabe é quando, porque, entretanto, vai pedindo dinheiro sobre o empréstimo e assim sucessivamente.
E o que dizer do caso ZMAR, os explorados e os exploradores?
Entretanto:
Morreram pessoas, muitas pessoas, nasceram umas quantas.
Na Índia continuam a amontoar corpos.
E aquela interminável e inexplicável guerra entre Israel e a Palestina?
De todos os fatores que enumerei, o que têm em comum?
Pessoas! As pessoas! Aquele ditado nunca fez tanto sentido para mim como “quanto mais conheço pessoas, mais gosto de animais”.
Mas nem tudo é mau, ocorre-me agora que o homicida de George Floyd foi condenado. Naquele país é um tal marco, que quando a notícia foi recebida, muitos choraram de alegria de tantos anos que sonharam, por um momento igual em que muitos nem acreditavam. Mais uma vez não consigo sequer sentir o que é ser negro naquele país. Posso imaginar, posso até ter sentido algumas situações, mas sentir medo de ver um polícia? De ser parada numa operação stop!
Podemos ouvir “ah e tal porque é que fugiu ou porque é que não se identificou logo?”
Mas porquê? Um outro cidadão não o faz! É o mesmo dizer que uma mulher de minissaia está a pedi-las…
É um mundo do qual não faço parte, não quero fazer parte e tenho medo pela geração futura de fazer parte.
Alinhado a tudo isto temos a Sr.ª Advogada Susana Garcia a candidatar-se a presidente da Amadora., se por um lado acho que não tem hipóteses por outro lado, os “André Venturas” desta vida estão cada vez mais a sair da toca.
Estamos num país livre e ela pode fazer e dizer o que quiser, é um direito. Respeitemos!
Se me dá voltas à barriga ouvir os discursos de uma “desconhecida” da Amadora? Claramente quem a ouvir e quem conhece a Amadora sabe que o que diz são balelas. A ver vamos!
E agora mudando radicalmente de assunto.
O caminho faz-se devagarinho. O que me faz pensar do alto dos meus 44 que por mais pressa que tenhamos, a vida ensina-nos que tudo tem o seu tempo, que tudo tem a sua hora e o seu momento.
Continuo na perda de peso. Umas semanas correm bem, sendo que o máximo é quilo e meio, noutras semanas são cem gramas. Só quem está nesta luta do peso, seja a mais ou menos, sabe o quanto psicologicamente podemos ir abaixo quando os resultados não são aqueles que queremos. Há semanas que venho da médica completamente eufórica e outras semanas com lágrimas nos olhos. Porque cada quilo a menos é uma vitória, é uma ovação ao que nos privámos de comer, ao exercício constante suado e penoso. Mesmo com as corridas não é fácil. Ou seja, cheguei à conclusão que para perder um quilo todas as semanas não chegam os quilómetros que neste momento estou a fazer. Teria que fazer no mínimo 10km dia sim, dia não!
Ainda vou ao curso das 5 da manhã, às segundas. Às vezes tenho muita vontade de continuar a dormir, mas depois lá vou e às 06:30 da manhã já estou na rua.
Sozinha a correr. Digamos que as minhas segundas-feiras são muito compridas.
Agora com o início do Verão doi um bocadinho, mas no Inverno custou-me horrores, vai-se fazendo. Não sei por quanto tempo, talvez pouco, mas também tem sido uma fonte de aprendizagem. Se compensa? Não sei! Acho que podia em vez das cinco ser o clube das 6! Uma hora faz toda a diferença!
Confesso que estou a ficar um pouco fartinha. As frases de auto motivação não estão a compensar o facto de me levantar tão cedo.E o grupo do telegram? São tão intensos! Não há palavras para o fluxo de mensagens minuto a minuto. Um dia conto.
Mas com isto tenho conseguido manter as minhas corridas matinais. Enquanto o comum mortal dorme, aqui a menina vai correr às seis e meia da matina.
Se doí sair cedo de casa? Sim doí! Se apetece? Não! A verdade é que quando começo a correr, o mau humor vai embora, as pernas começam a rolar e lá vou eu. Sozinha pelas ruas. De vez em quando lá vejo um trabalhador ou outro que olham para mim “tipo tás maluca!?”. Mas lá vou eu, umas vezes 7km, outras 4, outras 3. Tenho tentado manter as 4 vezes por semana de exercício. A disciplina é muito importante e a vontade de me boicotar é proporcional à vontade de querer vestir aquele 38. Está quase.
Continuo a ir regularmente à esteticista tratar da pele. Nunca é fácil, mas os resultados estão à vista e não quero agora deitar tudo a perder.
E a última fase do meu update 4.4: os dentes. Depois de algumas consultas, orçamentos e muitas dúvidas vou começar o tratamento dentário a que me tinha proposto. E quando digo vou começar é porque já está tratado. Depois de tudo explicado e marcado, obviamente fiquei preocupada por duas razões, por que parece que o procedimento de implantes é mais doloroso do que estava a pensar e que durante dois dias vou estar ali meia que com dores e a líquidos. E porque durante 3 meses vou estar ali meia desdentada, ainda mais, porque vão tirar dois para que o procedimento fique alguma coisa de jeito, valha-me a máscara.
Entretanto há um casório a planear. Mas isso é um outro post.
Podcasts que regularmente oiço para me rir:
Extremamente Desagradável: Joana Marques
Maluco Beleza: Rui Unas
Só mais um minuto: Catarina Miranda
Fuso: Bumba na Fofinha
Reset: Bumba na Fofinha
Para é frente é o caminho!
E aqui vai a última da minha banda preferida, nunca desiludem!
